Os três primeiros colocados nas pesquisas de intenção de voto à Prefeitura de Cuiabá, os pré-candidatos Eduardo Botelho (União), Abílio Brunini (PL) e Lúdio Cabral (PT), devem procurar mulheres para compor a chapa majoritária como candidata a vice-prefeita. Dentro dos diferentes grupos, a análise é de que não há espaço para uma chapa sem uma presença feminina.
Contudo, para cada um deles o perfil procurado é diferente, com objetivo de passar determinada imagem, ou alcançar determinado público eleitor.
Abílio Brunini
Dentro do PL, sabe-se desde o lançamento da pré-candidatura do deputado federal Abilio Brunini que ele precisa de uma mulher para composição. Isso, porque o público feminino é onde se acumula maior parte de sua rejeição.
Para complementar a chapa, a ideia é buscar uma mulher mais velha que ele, para passar confiabilidade e experiência, de preferência da área da saúde, que deverá ser uma das principais pautas, completando a formação de Abílio, que é arquiteto-urbanista.
Eduardo Botelho
Já dentro do grupo do pré-candidato do União Brasil, Eduardo Botelho, defende-se uma mulher jovem, para equilibrar com o cabeça de chapa que é o mais velho dentre os três principais pré-candidatos, com 65 anos.
Ao mesmo tempo que uma mulher da área de saúde seria bem vinda, Botelho também se beneficiaria de uma aliada da nova política e com entrada no público evangélico. Dessa forma, ele garantiria entrada em um público conservador, que atualmente é onde Abilio mais se beneficia.
Lúdio Cabral
Já o pré-candidato do PT, o médico Lúdio Cabral, tem várias opções de perfis a buscar, mas deve ficar entre duas opções:
Se beneficiar de uma vice que garanta entrada com o empresariado, como aceno aos comerciantes e também ao setor industrial de Cuiabá. Essa pessoa poderia ser uma indicação do PSD, partido ligado ao agronegócio, porém alinhado à Federação Brasil da Esperança (PT, PV e PCdoB).
Por outro lado, ele também deve ser pressionado a ter na chapa uma mulher negra ou de origem indifena, para ampliar a representatividade da chapa junto às próprias bases. Essa seria uma forma de ampliar o engajamento junto a própria esquerda, mas que não “furaria a bolha” para novos eleitores.