A participação do programa Roda Viva, da TV Cultura, no final de abril, foi um marco na consolidação do governador Mauro Mendes (União) como uma liderança nacional. Essa é a análise de aliados do chefe do Executivo estadual, que preveem agora um aceleramento na exposição da administração de Mato Grosso para todo o Brasil e, consequentemente, isso deve afastá-lo da participação do debate eleitoral de 2024.
De acordo com pessoas do núcleo do União Brasil, apesar de garantir apoio a candidatura de Eduardo Botelho, o pré-candidatado a prefeito de Cuiabá pelo União Brasil, e de participar das peças publicitárias para a campanha eleitoral, Mauro se manterá afastado do centro do debate eleitoral para evitar desgastes desnecessários.
Um dos exemplos, foi a saída de cena quando questionado sobre a proposta de Eduardo Botelho para asfaltar 100% das ruas de Cuiabá, a qual foi atacada pelo pré-candidato à prefeitura do PT, Lúdio Cabral. Mendes deixou claro: “Vou deixar o debate eleitoral para os candidatos”.
Atualmente, as pesquisas apontam Mauro Mendes como mais bem avaliado em Mato Grosso do que lideranças nacionais como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), principalmente em Cuiabá.
Essa aprovação é tida como estratégica para qualquer plano envolvendo as eleições de 2026, seja uma candidatura óbvia, como ao Senado Federal, no pleito que terão duas vagas em disputa, ou até mesmo um plano mais ousado, como a construção de uma candidatura em uma chapa presidencial.
Apesar de Mato Grosso ter baixa densidade eleitoral, na gestão Mauro Mendes o estado se consolidou como um dos mais rico do país na gestão de Mauro Mendes, tanto na renda per capita, na renda média da população, quanto no equilíbrio fiscal, sendo uma das únicas quatro unidades da federação, dentre as 27, que vão fechar as contas no azul em 2024.
Com isso, existe a leitura de que Mauro leva consigo um conceito muito positivo de administração que pode somar positivamente em qualquer campanha eleitoral em 2026, quando a expectativa é que o equilíbrio fiscal seja grande discussão nacional. Mas, para isso, precisa preservar a imagem no próprio colégio eleitoral.
