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02/11/2018 às 09:00

Quanto custa morrer?

Maisa Martinelli

A única certeza que temos na vida é que a morte chegará para todos, inevitavelmente. No entanto, o que muitas pessoas não param para pensar é que morrer gera despesas. Caixão, flores, traslado, conservação do corpo, sepultamento e velório podem ter um custo muito elevado. Afinal, quanto custa morrer?

Primeiramente, é bom lembrar que, atualmente, já há diversos tipos de sepultamentos. Além disso, há quem opte pela cremação. O Leiagora entrou em contato com uma das principais funerárias de Cuiabá para verificar o valor dos trâmites para um sepultamento tradicional. O valor, que inclui o traslado do corpo, velório, caixão, as flores, o véu e o enterro, é de R$1.650. Para a conservação do corpo ? técnica chamada de Tanatopraxia- custa R$1.500.

A Tanatopraxia é realizada com aplicação de produtos químicos e tem o objetivo de amenizar as transformações normais do corpo após a morte, conservando ao máximo a aparência da pessoa como ela era verdadeiramente em vida. Além disso, essa técnica cumpre o papel de desinfecção do cadáver, destruindo os possíveis microorganismos que podem ser transmitidos a terceiros, visto que muitos deles sobrevivem ainda por um grande período de tempo nos tecidos mortos.

Apesar do sepultamento ser mais comum, há quem opte pela cremação, que consiste em reduzir o corpo a cinzas através da queima do cadáver. Essa técnica tem um custo bem elevado, que varia de R$6 mil a R$10 mil, podendo chegar até em um valor mais alto que isso, dependendo da região do país.

O processo de cremação somente pode ser realizado com uma declaração de vontade da pessoa de ser cremada após o falecimento, devidamente registrada no cartório, ou por um parente de primeiro grau para assinar a ata de cremação. Caso não seja possível nenhuma dessas soluções, a família enlutada deverá solicitar uma autorização judicial, que deve ser pleiteada no primeiro dia útil após o óbito.

Vale ressaltar que existem outros fatores que podem elevar o custo dos trâmites após falecimento, como, por exemplo, se há o desejo de realizar o enterro ou cremação em outra cidade, ou um jazigo em cemitério particular.

A verdade é que a morte gera um custo, e muitas vezes a família não está preparada para esse gasto extra. Por isso, embora seja um assunto triste de ser discutido, o planejamento financeiro deve ser levado em considerado ainda em vida. Atualmente, há planos funerais que, com mensalidades acessíveis, dão todo o suporte que vai desde o velório até o sepultamento, incluindo caixão, traslado e alguns até a cremação.

Além disso, há opções de seguro de vida para deixar um dinheiro extra para quem fica. Quem tem filho pequeno, por exemplo, e não conseguiu fazer nenhuma reserva financeira, talvez essa opção possa ser uma boa alternativa.

Pensar na própria morte ou de um ente querido é doloroso. Passar pelo momento de luto é ainda mais sofrido. No entanto, como é algo inevitável de qualquer ser vivo, é importante se planejar e discutir o assunto com familiares, a fim de evitar gastos extras que, muitas vezes, a família não terá como arcar.

 Curiosidades:

O Dia de Finados é celebrado em diversos países ao redor do mundo, e junto a isso, há variados costumes funerários inusitados em alguns locais.

No Himalaia, existem grupos budistas que esquartejam o corpo do morto e serve de comida para os abutres, já que eles consideram que o corpo humano, após a morte, possui a função de dar continuidade à natureza.

Na Coreia do Sul, a cremação é um ritual comum, porém as cinzas não são jogadas em algum lugar especial nem guardadas em recipiente; elas viram miçangas. Dessa forma, a família pode carregar seus entes queridos em forma de pedrinhas.

Na Austrália, há tribos aborígenes que possuem o costume de pendurar os falecidos em árvores, ficando lá até entrarem em estado de decomposição, que é quando os familiares voltam para visitá-los e levam um osso para guardar de lembrança.

No Madagascar, é comum um rito de passagem do ente querido morto, onde são retirados os ossos mortais, enrolados em um lençol e carregados durante uma festa. Eles acreditam que, depois desses rituais, o morto poderá reencontrar seus ancestrais em outro plano.

Confira no vídeo rituais funerários inusitados:

https://www.youtube.com/watch?v=HT9Dp2vdQO8
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