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14/11/2018 às 11:35

Dia Mundial do Diabetes: 16 milhões de brasileiros sofrem com a doença, segundo OMS

Maisa Martinelli

Nesta quarta-feira (14) acontece a maior campanha de conscientização sobre diabetes no mundo. A data foi criada em 1991 pela International Diabetes Federation (IDF) em parceria com a Organização Mundial de Saúde (OMS), e 14 de novembro foi o dia escolhido por ser aniversário de Frederick Banting, que juntamente com Charles Best, iniciou os estudos da insulina em 1921. Nesta data, organizações e entidades de diversos países realizam ações para mobilizar a população sobre a importância da prevenção e controle da enfermidade.

O diabetes é uma das doenças crônicas mais frequentes, atingindo mais de 425 milhões de pessoas no mundo todo, segundo a Associação Nacional de Atenção ao Diabetes (Anad). Os dados apontam que uma em cada duas pessoas que vivem com a doença não é diagnosticada. A estimativa é que existam cerca de 522 milhões de diabéticos em 2030.

De acordo com a OMS, a taxa de incidência no Brasil cresceu 61,8% nos últimos dez anos. O estudo mostra que são 16 milhões de brasileiros acometidos pelo diabetes, e o Rio de Janeiro é a capital brasileira com maior prevalência, com 10,4 casos a cada 100 mil habitantes. O Brasil aparece em 4º lugar no ranking mundial, atrás somente de China, Índia e Estados Unidos.

O diabetes é uma síndrome metabólica de origem múltipla, causada pela falta de insulina e/ou capacidade do hormônio de exercer sua função adequadamente, acarretando um aumento de glicose (açúcar) no sangue. A insulina é responsável pela redução da glicemia ao permitir que o açúcar presente no sangue penetre nas células para que possa ser usado como fonte de energia. Dessa forma, se houver carência desse hormônio, ou se ele não funcionar corretamente, o nível de glicose no sangue irá aumentar, ocasionando a doença.

Os tipos mais comuns são Diabetes Mellitus 1 e Diabetes Mellitus 2 (a mais frequente), que possuem causas distintas, podendo ser auto-imune (no caso do tipo 1), ou associada à genética ou hábitos de vida (tipo 2). Há também o Diabetes Gestacional, que ocorre durante a gravidez. Nesse caso, a causa exata ainda não é conhecida, porém tem relação com a resistência à insulina que algumas mulheres sofrem neste período.

Já o termo pré-diabetes é usado para identificar que o nível de açúcar no sangue está elevado, porém ainda não é suficiente para ser diagnosticado como diabetes tipo 2. Há ainda outros tipos da doença que não são tão frequentes, que ocorrem por defeitos genéticos nas células beta do pâncreas ou na ação da insulina, entre outros motivos.

Os sintomas variam de acordo com o tipo, porém há alguns comuns entre eles, como vontade frequente de urinar, fome e sede excessiva.

O diagnóstico pode ser obtido através de três exames: curva glicêmica, glicemia de jejum e hemoglobina glicada.

Embora existam muitos estudos e pesquisas promissoras, o diabetes ainda não tem cura. O tratamento consiste em controlar a glicose no sangue a fim de evitar que o indivíduo tenha picos ou quedas ao longo do dia. Para isso, é necessário fazer uso de medicamentos que ajudam a reduzir as taxas de glicose, ou até mesmo a aplicação da própria insulina sintética. Além disso, exercícios físicos e alimentação adequada (com várias restrições) são essenciais para o controle da enfermidade.

No Brasil, o SUS oferece ações de controle, detecção e tratamento medicamentoso de forma gratuita. Os remédios podem ser obtidos por meio do programa Aqui Tem Farmácia Popular, uma parceria com o Ministério da Saúde, que possui mais de 34 mil farmácias privadas espalhadas por todo o país.

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