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22/01/2019 às 21:40

Em ocupação histórica, servidores tomam AL e não há previsão de saída; veja vídeo

Sandra Costa

22 de janeiro de 2019. Esta data entra para a história do movimento sindicalista do funcionalismo público estadual. Todas as categorias unidas, reivindicando a garantia de seus direitos, tomaram no início da tarde desta terça-feira (22) o Plenário das Deliberações Renê Barbour, da Assembleia Legislativa de Mato Grosso. Uma forma de impedir a aprovação de três mensagens do Governo, que afetam diretamente os servidores públicos do Executivo.

Fato este inédito, já que até houve manifestações maiores do que esta, mas nunca dantes registrado um pedido de reintegração de posse do Plenário em favor da presidência da Casa de Leis. São cerca de mil servidores, espalhados por todos os cantos do Parlamento, da Casa do Povo, com suor no rosto, cansaço e muita resistência.

Para acalmar os ânimos, o presidente do Poder Legislativo, Eduardo Botelho (DEM), disse que não iria usar da força para a retirada dos manifestantes. Houve a especulação de que a sessão plenária aconteceria em outro local, já que o Regimento Interno da Casa prevê tal situação.

A informação que circulou nos bastidores num primeiro momento era de que os deputados se reuniriam para votação no Instituto Memória do Poder Legislativo, localizado nas dependências da sede do Parlamento. Outra hora de que seria na Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso, até nas dependências do Tribunal de Justiça (TJ) ou Tribunal de Contas do Estado (TCE).

https://www.youtube.com/watch?v=bXUaIup2yN8&feature=youtu.be

Vice-presidente da Associação dos Docentes da Universidade do Estado de Mato Grosso (Adunemat), Edna Sampaio, disse aos manifestantes no Plenário da ALMT que, na reunião com o presidente Botelho e os deputados reeleitos Allan Kardec (PDT) e Janaína Riva (MDB), Wilson Santos (PSDB) e os deputados novatos Lúdio Cabral (PT), João Batista (DC), deixou claro os projetos fundamentais que os servidores não abrem mão. Entre eles a da Lei de Responsabilidade Fiscal, RGA e a Lei da Previdência.

"Há um entendimento de que haverá muita dificuldade para fazer essa negociação. Nós entendemos que quem tem que falar são eles, os deputados, para que viabilizem uma saída dessa situação. Nós criamos um impasse aqui. O Botelho se comprometeu a levar a nossa proposta para o Colégio de Líderes e definir qual será o encaminhamento. O que nos resta a fazer agora, foi o que a gente deixou muito claro para os deputados, nós não vamos recuar, nós construímos esse movimento e essa ocupação é histórica aqui na Assembleia Legislativa. Nós vamos continuar e construir um movimento ainda mais forte, uma greve unificada de todos os servidores públicos", Edna Sampaio.

Até o fechamento dessa matéria (21h30) os servidores ainda se encontravam no Plenário das Deliberações, sem uma previsão de saída ou retirada do local com uma solução para o impasse, já que o governador Mauro Mendes (DEM) não aceitou a proposta do Fórum Sindical. Participaram diretamente da mediação de conflitos os deputados Janaina Riva, Valdir Barranco, Allan Kardec, Max Russi, Wilson Santos, além de os deputados já diplomados Elizeu Nascimento e João Batista.

   

Direto da Redação, Sandra Costa

 
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