O julgamento da ação que pode cassar o mandato do deputado estadual Xuxu Dal Molin (PSC) foi adiado pelo Pleno do Tribunal Regional Eleitoral, por falta de quórum, já que um juiz não pôde comparecer. O anúncio foi feito pelo desembargador Gilberto Giraldeli, que explicou que, para a sessão acontecer, é necessário que o quórum esteja completo.
O parlamentar é investigado por supostamente ter pedido voto, em período proibido, a servidores públicos de Sorriso, nas últimas eleições. Consta nos autos, que no dia 4 de setembro de 2018, Xuxu realizou campanha eleitoral nas dependências da Secretaria de Obras de Sorriso, onde se apresentou como candidato e informando seu número, além de pedir votos e apoio das pessoas presentes.
O Ministério Público Eleitoral ainda pediu a aplicação de multa ao parlamentar, a fim de cassar seu registro de candidatura, perdendo, então, seu mandato.
Xuxu apresentou contestação, alegando que realmente esteve na Secretaria, mas que não fez campanha política, e que o intuito da visita era apenas para cumprimentar amigos.
O órgão ministerial, argumentou, durante a instrução do processo, que o vídeo gravado pelo celular – e que está anexado aos autos - “não se fez possível deduzir o teor da conversa, apesar de mostrar o contato do requerido com algumas pessoas.”
A juíza Vanessa Curti Perenha Gasques, relatora do caso, pontuou que a decisão de levar os autos a julgamento em plenário se deve ao fato de alguns pontos levantados pela defesa de Xuxu, que argumentaram, entre outras coisas, a ilicitude de ter anexado a gravação ao processo e o arrolamento das testemunhas com base no referido vídeo.
No início da sessão desta quinta-feira (22), o desembargador Gilberto Giraldeli anunciou o adiamento do julgamento, em razão da ausência do juiz-membro substituto, Jackson Francisco Coleta Coutinho, que não pôde comparecer.
O julgamento do caso deve ocorrer na próxima semana.
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