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Notícias / Agro e Economia

16/04/2020 às 14:08

Covid-19: setor sucroenergético pede urgência ao governo para evitar colapso

Eles alegam que o etanol tem sido vendido abaixo de seu valor de custo e se continuar, usinas serão obrigadas a interromper a produção

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Covid-19: setor sucroenergético pede urgência ao governo para evitar colapso

Foto: Assessoria

Entidades representativas da cadeia sucroenergética de todo o país enviaram na última terça-feira (14) um documento-manifesto ao presidente Jair Bolsonaro em que relatam os impactos da crise da COVID-19 para o setor, agravados pelos baixos preços internacionais do petróleo. Somente as ações do governo federal, se implementadas imediatamente, evitarão o colapso do setor nas próximas semanas.

O etanol, um dos produtos mais impactados pela crise, tem sido vendido abaixo de seu valor de custo e, se isso continuar, usinas serão obrigadas a interromper a safra que mal começou, com efeitos impensáveis para uma cadeia que envolve produtores de cana, fornecedores de máquinas e insumos, cooperativas e colaboradores em mais de 1200 cidades brasileiras. São 370 usinas e destilarias, 70 mil fornecedores de cana-de-açúcar, num total de 2,3 milhões de empregos diretos e indiretos que estão sob ameaça iminente.

“Previmos uma safra de mais de 600 milhões de toneladas que, se não puder ser colhida, trará a destruição do setor, pondo milhões de famílias em todo o Brasil em situação de desespero. O setor já viveu isso quando governos anteriores quase aniquilaram essa cadeia. A diferença agora é que o Governo Federal, com quem temos conversado nas últimas semanas, conhece o problema e demonstra sensibilidade para buscar as soluções. Nosso apelo é para que as medidas sejam implementadas urgentemente, sob pena de não dar mais tempo”, afirma o presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Evandro Gussi.

Entre as medidas emergenciais que, se adotadas em conjunto, permitirão a sobrevivência do setor estão: a instituição de um programa de warrantagem (uso de produto como garantia em empréstimo); a isenção temporária da carga tributária federal aplicada ao etanol hidratado – PIS/COFINS, e a restituição da competitividade do etanol, também temporariamente, via incremento da Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (Cide).

Assinam a carta a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), o Fórum Nacional Sucroenergético (FNS), a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), a Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana), o Arranjo Produtivo Local do Álcool (Apla), a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado São Paulo (Fequimpar), a Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana), a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação do Estado de São Paulo (Fetiasp) e a União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida).
 
Assessoria
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