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Notícias / Política

20/04/2020 às 16:00

Gallo descarta escalonamento de salários para maio; indecisão segue para junho

Segundo o secretário, mesmo com queda na arrecadação, governo consegue manter salários em dia

Camilla Zeni

Gallo descarta escalonamento de salários para maio; indecisão segue para junho

Foto: Secom

O secretário de Fazenda de Mato Grosso, Rogério Gallo, afirmou que não será necessário voltar com o escalonamento de salários no mês de maio. Segundo ele, apesar da queda na receita do Estado, a folha referente ao mês de abril segue garantida. Já para o mês de junho, porém, a equipe do governo ainda acompanha a arrecadação estadual.

O escalonamento salarial foi uma das primeiras medidas anunciadas no governo Mauro Mendes (DEM) em 2019, logo que assumiu o comando do Estado.

Na época, segundo Rogério Gallo, a dificuldade financeira dos cofres estaduais não permitia o pagamento integral do salário dos servidores. A situação apenas foi normalizada em dezembro, quando a primeira folha integral foi paga.

Segundo Gallo, que também era secretário de Fazenda no fim da gestão Pedro Taques (PSDB), a queda na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) girou na ordem de 20%. Conforme relatório da Sefaz, o balanço final ficou em uma redução de R$ 128.390.804,07 nesse mês.

“Para essa folha de abril que é paga em maio, isso [o escalonamento] não deve ocorrer. E tudo vai depender de um monitoramento que estamos fazendo”, garantiu, em entrevista ao programa Tribuna, da rádio Vila Real.

O secretário destacou que empresas que são base para a arrecadação do ICMS viram suas receitas reduzirem R$ 300 milhões por dia, com um faturamento de R$ 1 bilhão. Segundo Gallo, a queda, no mês, chega a 30% na receita total.

“Isso aí obviamente vai repercutir no ICMS que vai ser pago lá no mês de maio. Nós já estamos sentindo, nesse mês de abril, uma queda na ordem de 20%. Quer dizer que, ainda para esse mês de abril e início de maio, isso [o escalonamento] ainda não está em jogo. Mas, obviamente, para o salário de maio, que será pago em junho, vamos acompanhar o comportamento”, disse.

Conforme o boletim da Sefaz, o setor que resultou na maior queda de arrecadação, até o dia 13 de abril, foi do comércios e serviços. A diferença na receita foi de R$ 95,3 milhões, o que representa 25,6%. 

A agropecuária foi quem teve o maior percentual de queda na arrecadação, tendo sido 47,5% do mês de março para abril. Ao todo, os cálculos apontam para queda de R$ 7 milhões no ICMS desse setor. 

Já a indústria registrou queda de 8,2%, em comparação ao mês de março. Foram quase R$ 26 milhões arrecadados a menos, até o dia 13 de abril.
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