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Notícias / Política

02/09/2020 às 10:05

Pré-candidato ao Senado, Medeiros deve seguir em chapa pura

Em entrevista ao Leiagora, o parlamentar diz que, com poucos recursos, está focado em conquistar apoio popular por meio das redes sociais.

Eduarda Fernandes

Pré-candidato ao Senado, Medeiros deve seguir em chapa pura

José Medeiros

Foto: Giuseppe Feltrin / Leiagora

O deputado federal José Medeiros (Podemos), pré-candidato ao Senado Federal, deve seguir na disputa em chapa pura. Em entrevista ao Leiagora, o parlamentar diz que, com poucos recursos, está focado em conquistar apoio popular por meio das redes sociais.

“Minha campanha vai ser uma ideia na cabeça e um celular na mão. Não adianta eu querer fazer frente a essas pessoas com dinheiro porque eu não tenho. Não é no dinheiro, não será nessa linha. Também não vou fazer papel de coitadinho porque as pessoas votam em quem tem conteúdo e é capaz de representar o Estado. Estou confiante nisso”, comenta.

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Nesta segunda-feira (31), o presidente da República Jair Bolsonaro encerrou o capítulo da disputa pelo seu apoio ao reafirmar que caminhará ao lado da pré-candidata ao Senado tenente-coronel da Polícia Militar Rúbia Fernanda (Patriota), reprisando o cenário de março. Com o sinal verde dado a Fernanda, perderam vez Medeiros, o empresário Reinaldo Morais (PSC) e o deputado estadual Elizeu Nascimento (DC).

Nos bastidores, no entanto, circula a informação que coronel Fernanda, por pouco, não perdeu o apoio de Bolsonaro, que havia mudado os planos, pretendendo colocá-la para disputar a vice-prefeitura de Cuiabá ao lado de Roberto França, pré-candidato a prefeito da Capital. Neste novo desenho, Bolsonaro apoiaria outro player ao Senado.

Medeiros afirma que ele era este player. “O presidente queria muito uma composição. Até 20 minutos antes tínhamos conversado, estava tudo certo. Mas a candidata, talvez pela inexperiência, bateu o desespero e não quis fazer composição nenhuma, peitou o presidente e aí o presidente acabou, tipo assim: ‘Olha, já tinha dado a palavra lá em março, tudo bem. Você quer fazer isso, faz’. Então o barco segue a gente vai tocar, lembrando que quem vai decidir são os eleitores. As pessoas sabem o apoio que eu tenho dado ao presidente, da boa relação que temos”, pontua.

Neste ensejo, o parlamentar acredita que a conduta da coronel Fernanda a prejudicará perante os eleitores bolsonaristas. “Quem já não atende um pedido do presidente antes, imagine depois de eleito. O presidente sinalizou para ela disputar como vice-prefeita e ela bateu o pé e isso é uma sinalização muito ruim”.

Medeiros ainda não definiu quem ocupará as suplências, diz que ainda estão conversando e não adianta as opções.

Projetos
Se eleito, Medeiros fala em abrir novos mercados externos para reduzir o poder de barganha da China e discutir a pauta ambiental. “Estamos vendo esses incêndios agora e isso não é culpa do Estado. São leis que se fizeram, por exemplo, não pode criar gado no Pantanal e isso aumenta a massa orgânica, e depois ela seca e com qualquer faísca fica impossível de apagar. Mato Grosso precisa de um senador para voltar a discutir todos esses temas, trabalhei muito essas bandeiras quando estava no Senado Federal”.

Ele questiona a criação de leis que afetam a rotina do Estado, por pessoas que não conhecem a realidade mato-grossense. “Por exemplo, essa Lei de Licenciamento Ambiental, estamos numa luta imensa. Não podemos ter uma lei ambiental que diga que há 40km de distância de uma aldeia indígena não possa passar uma estrada. Essas pautas todas precisam ser tratadas no Senado com muita força, com muita veemência e marcar presença. Mato Grosso não é mais vagão do país, ele é locomotiva e, infelizmente nós ficamos a reboque. Somos tratados por interesses que não nos ajudam e prejudicam o Estado”, avalia.

Medeiros defende que “o Senado não pode ser usado apenas como um lugar que confere status; um cemitério de políticos para encerramento de carreira; ou um local onde esse ou aquele seguimento ter um ‘pixuleco’ lá. O Senado precisa ser um local onde tenha um representante do Estado de Mato Grosso. Me preocupo quando vejo pessoas defendendo isso ou aquilo. Não, o Estado tem que ser defendido como um todo”, conclui.
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