O governador Mauro Mendes (DEM) encaminhou mensagem à Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) que trata da troca do modal de transporte que interliga Cuiabá e Várzea Grande. O projeto chegou com pedido de urgência/urgentíssima. A alteração precisa ser regulamentada por meio de lei, já que na época o próprio Legislativo aprovou a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).
O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (DEM), chegou a colocar em pauta o projeto do VLT, mas o deputado estadual Lúdio Cabral (PT) pediu vista e disse que o governador “foi muito apressado”. O deputado Valdir Barranco (PT) também apresentou requerimento para poder discutir o assunto em audiência pública.
A proposta autoriza o Poder Executivo a alterar, mediante aditivo, os contratos de financiamento firmados com a Caixa Econômica Federal para prever BRT movido a eletricidade como alternativa ao VLT.
Na mensagem encaminhada pelo Executivo, o governo cita que o VLT se tornou “um lamentável paradigma de obras inacabadas decorrentes da Copa do Mundo não só para Mato Grosso, mas para o país”. O Estado lembra ainda a Operação Descarrilho deflagrada em 2017 na qual o ex-governador Silva Barbosa revela, em delação premiada, recebimento de propina por parte do consórcio VLT para aceitar trocar o projeto inicial de implantação do BRT (Bus Rapid Transit), que é um corredor de ônibus.
O Estado justiçou ainda que o contrato com o consórcio VLT foi rescindido e apesar das tentativas das construtoras de tentar reverter na justiça a situação, foi derrotado. Para definir sobre o melhor modelo, um grupo de trabalho envolvendo técnicos do governo Federal, Estadual e Caixa Econômica Federal.
A equipe apresentou um estudo que demonstra as vantagens da implantação do BRT, que vão desde tempo de obra, valor para execução e preço da tarifa.