O secretário de Desenvolvimento Econômico de Cuiabá, Francisco Vuolo, acredita que a autorização para a expansão da ferrovia Senador Vuolo (a Ferronorte) até a Capital seja concedida até o fim deste primeiro semestre de 2021. A proposta deve ser articulada pela bancada federal.
De acordo com Vuolo, a intenção é usar o Consórcio do Vale do Rio Cuiabá, que tem como presidente o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), para pressionar o governo federal por uma decisão. “O ministro nunca se posicionou contra, e o que vamos cobrar dele é uma atitude para que se posicione de forma favorável”, disse, ao Leiagora.
“Esperamos ainda este mês, no máximo no mês que vem, darmos destaque no processo, e a expectativa é que este semestre, contando com a sensibilidade do ministro, junto com o presidente da República, possamos ter autorização para os avanços dos trilhos da ferrovia dentro do Estado de Mato Grosso”, completou.
Segundo o secretário, entre o fim de fevereiro e o mês de março os senadores, junto com o deputado federal Emanuelzinho Neto (PTB), devem se reunir com o ministro da Infraestrutura, Tarcisio de Freitas, em articulação pela ferrovia. Vuolo destacou que a pressão política é importante, uma vez que a ferrovia aguarda, há anos, autorização para expansão. “Falta pressão”, destacou.
“É uma carta na manga que nós temos. É possível acontecer? Sim. Legalmente está amparado? Está amparado. Mas precisamos ter uma relação harmoniosa com o Governo Federal. A própria Rumo precisa dessa relação harmoniosa. Havendo a consonância política, tudo ficaria mais fácil, mas, em último caso, não há impedimento para fazermos isso. Se percebermos que não há vontade do governo federal, teremos que ir por outro caminho, porque o estado precisa”, comentou.
A Rumo Logística é a empresa que detém a concessão do trecho que liga Santos (SP) a Rondonópolis (212 km de Cuiabá). Para o Estado, a empresa já demonstrou interesse em investir na expansão dos trilhos até Lucas do Rio Verde, um valor de cerca de R$ 6 bilhões.
Apesar da intenção declarada, a extensão ainda depende de autorização do Ministério da Infraestrutura, onde a bancada federal negocia a liberação da proposta.
Ferrovias de MT
Atualmente o Estado busca a implantação e expansão de três ferrovias, sendo elas a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico), a Ferrogrão e a Ferrovia Vicente Vuolo (Ferronorte). Segundo Vuolo, a defesa de uma malha - no seu caso, a que leva o nome de seu pai, Vicente Vuolo -, não significa falta de apoio às demais.
“Nós não somos contra qualquer outra ferrovia. Entendemos que, logisticamente, em Mato Grosso é necessário. Agora, o que não pode, em hipótese alguma, é brecar os investimentos em uma região. Até porque os investimentos que serão feitos para que a ferrovia avance serão de recurso próprio da iniciativa privada, não envolvendo recurso público”, completou.
O contrato autorizando as obras foi assinado em dezembro, entre a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a empresa Vale e a Valec Engenharia Construções e Ferrovias S.A. A Valec é uma empresa pública que detém a concessão da futura ferrovia. Na primeira fase, a ligação ferroviária terá uma extensão de 348 quilômetros.
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