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Notícias / Polícia

08/03/2021 às 07:26

Golpe do PIX: entenda como evitar ser vítima de estelionatários

De acordo com dados da Sesp, 13.862 ocorrências de estelionatos foram registradas em Mato Grosso, no ano passado, número 55% maior que em 2019

Luzia Araújo

Golpe do PIX: entenda como evitar ser vítima de estelionatários

Foto: Rafael Henrique

O Pix chegou para facilitar a vida do cidadão na hora de receber ou fazer um pagamento, mas, com apenas três meses de funcionamento, o novo sistema do Banco Central, já vem sendo alvo de criminosos virtuais para roubar dados e até o dinheiro de usuários. 

Uma moradora do bairro Santa Izabel, em Várzea Grande, foi uma das  vítimas dos estelionatários e ficou com um prejuízo de quase R$ 12 mil. No dia 16 de fevereiro, a servidora pública, Noelly Almeida dos Anjos, recebeu um e-mail de uma operadora de celular informando que as duas linhas que possuía haviam sido canceladas. Além da mensagem, o e-mail continha também um número de protocolo. 

Logo em seguida, o aparelho da mulher parou de funcionar. Por estar chovendo, ela achou que se tratava de algum problema na rede da operadora. Por isso, ao chegar em casa, a servidora tentou falar na empresa, momento em que amigos e familiares relataram que estavam recebendo mensagens no whatsapp, pedindo dinheiro em nome dela.  “Só aí percebi que não era um problema técnico. Era algo mais grave”. 

Desesperada, a mulher pediu a suspensão do serviço do Whatsapp, para evitar que os criminosos continuassem mandando mensagens e foi até uma loja da operadora, que disse que não sabia o que tinha ocorrido, mas que ela poderia recuperar um dos números. 

Porém, no dia 24 de fevereiro, enquanto aguardava para ter um dos números de volta, a mulher foi surpreendida novamente com a ação dos criminosos, que invadiram a conta dela pelo aplicativo que estava instalado no celular, fizeram um empréstimo consignado no valor de quase R$ 12 mil e em seguida realizaram vários pix’s distribuindo o montante.  Além disso, eles voltaram a pedir dinheiro pelo whatsapp, desta vez informando um número de pix. 

A servidora disse que enfrenta um momento complicado, pois está grávida de 8 meses e logo dará à luz, quando precisará de dinheiro para as despesas do bebê. “Agora, vai começar a descontar do meu salário R$650 do mês. Por isso, quero resolver esse problema mais rápido possível”. 

O crime em números

De acordo com dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública, 13.862 ocorrências de estelionatos foram registradas em Mato Grosso, no ano passado. Esse número é 55% maior do que os casos registros em 2019, quando foram contabilizadas 8.934 ocorrências. 

As cidades que mais registraram o crime foram Cuiabá (3.763 ocorrências), Rondonópolis (1.039) e Várzea Grande (925). 

Dos casos de estelionatos registrados em 2020, o uso de dados e transações financeiras foi o principal golpe aplicado pelos criminosos, sendo 41% dos casos, seguido por clonagem de whatsapp (15,9%) e golpe por redes sociais (9,9%).  

Recomendações

O delegado, Ruy da Delegacia de Especializada de Repressão a Crimes Informáticos, alertou que o usuário não deve clicar em links desconhecidos recebidos no Whatsapp ou e-mail sem antes verificar a procedência. “É importante que a população saiba que os links podem conter vírus que irão subtrair informações ou dados pessoais”.

Ele explicou que, em posse dessas informações, os criminosos conseguem fazer com que a vítima perca o acesso a essas ferramentas e tenha o aplicativo da instituição financeira violado pela internet, podendo realizar transações financeiras e causando prejuízo ao usuário. 

Entretanto, o delegado disse que o cidadão pode se prevenir da ação de criminosos. Uma delas é acessando o site  www.virustotal.com toda vez que receber um link suspeito. A página serve para verificar a presença de vírus no link. 

Outra recomendação é evitar preencher cadastros em sites sem necessidade. Caso for necessário, o delegado recomendou sempre utilizar logins e senhas diferentes. 

Além disso, a verificação do whatsapp em duas etapas também é uma ferramenta importante para proteger o aparelho. Ruy explicou que o procedimento nada mais é do que uma segunda senha que é exigida para acessar as funcionalidades do celular. “Com a verificação ativada, mesmo que criminosos tenham acesso a sua primeira senha, eles não conseguirão acessar o aplicativo de mensagens ou aplicativo de compras”.
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