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15/03/2021 às 09:02

Sindimed denuncia falta de profissionais, cansaço e sobrecarga no PS de VG

Outra denúncia é a falta de tomografo nas UPA's o que faz com que o paciente com suspeita de covid acaba tendo que ir para o PS e propagando o vírus

Kamila Arruda

Sindimed denuncia falta de profissionais, cansaço e sobrecarga no PS de VG

Foto: Assessoria

O Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed-MT) denunciou a falta de estrutura para abertura de 22 novos leitos de enfermaria no pronto-socorro de Várzea Grande para atender pacientes acometidos pela covid-19. A entidade afirma que os novos leitos não foram planejados, uma vez que não houve contratação de mão de obra para atender a demanda.

O fato gerou sobrecarga nos profissionais que já atuam na unidade de saúde. “Os médicos estão estressados e isso é muito ruim, cai a qualidade do atendimento, fica extremamente insalubre trabalhar no pronto-socorro de Várzea Grande”, relatou o presidente do Sindimed-MT, Adeíldo Lucena, afirmando que o sindicato não irá tolerar esse tipo de situação.

De acordo com ele, três médicos estão se desdobrando para atender a demanda que seria de, no mínimo, cinco profissionais. “É preciso um melhor planejamento, dar aos colegas, aos profissionais de saúde, aos médicos que estão na labuta, condições melhor de trabalho. Não dá para colocar três médicos para trabalhar onde precisam de cinco, isso não vai dar certo”, disse.

Segundo informações recebidas pelo Sindimed-MT, apesar da UPA estar como referência nos casos de covid-19 em Várzea Grande, a unidade não possui um tomógrafo. 

Diante disso, todas as vezes que um paciente é internado por conta do coronavírus, ele é levado para o pronto-socorro para a realização da tomografia.

“Sabemos que as UPA's não tem contrato para fazer uma TC e com isso o paciente é levado para o pronto-socorro colocando o vírus em circulação. Até que ele chegue na clínica para a tomografia, passa por corredores onde há funcionários e pacientes que estão sem os equipamentos de proteção. Não digo os médicos que tem os EPIs, mas outros que estão no PS. Sem contar que tem que passar novamente pelo plantonista, abrir uma ficha e fazer nova consulta. Ou seja, expor mais pessoas sem necessidade”, alerta o presidente do sindicato.

O Sindimed-MT inclusive já tem uma ação com uma liminar deferida sobre as condições de trabalho na pandemia denunciando a sobrecarga de trabalho e os riscos para todos os profissionais. “Vamos acionar a justiça para que a Prefeitura de Várzea Grande cumpra a liminar e não coloque mais profissionais em risco”, finalizou o assessor jurídico do Sindimed-MT, Bruno Álvares, do escritório Álvares e Voucher. 

OUTRO LADO

A Prefeitura de Várzea Grande informou que não existe falta de profissionais de saúde, mas admite que não houve a contratação de novos profissionais para atender a demanda.

"Estamos procurando profissionais para contratação temporária. Mesmo assim a grande maioria dos profissionais acabam dobrando o serviço por responsabilidade com a questão da saúde. Estimamos que nossa demanda cresceu mais de 40% por causa da pandemia", afirmou o secretário de Comunicação de Várzea Grande, Marcos Lemos.

Em nota, as Secretarias Municipais, de Comunicação Social, de Saúde e de Administração, além da Procuradoria Geral informaram que o reforço no atendimento das estruturas de saúde Municipais em decorrência da covid-19 vieram acompanhadas de uma série de medidas, sendo uma delas a contratação de novos profissionais da área de saúde, mas não existem profissionais disponíveis no mercado.

Ainda de acordo com a nota, o Plano de Contingência assinado entre Mato Grosso, Cuiabá e Várzea Grande, que colocou o município como não covid, para atender aos demais casos de enfermidades, está mantido, mas, obrigou Várzea Grande,  abrir duas de suas três unidades de urgência e emergência sendo eles, o pronto-socorro e a UPA Ipase, atendimentos especializados, mesmo que de forma temporária para atender a demanda crescente por leitos e atendimentos. 

A média de atendimentos cresceu mais de 40% e as medidas foram adotadas para ofertar atendimento para evitar as filas de espera. A Prefeitura e as Secretarias Municipais reconhecem e enaltecem o esforço e dedicação dos profissionais de saúde, muitos deles, dobrando a escala em prol da manutenção dos atendimentos da rede pública de saúde.

Com relação ao exame de tomografia, a rotina dos pacientes foi modificada, ou seja, eles saem em ambulância, entram direto no Diag X, empresa responsável pelo exame e retornam para a UPA Ipase, não necessitando de nova avaliação médica no PS. 
Com informações do Sindimed
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