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15/03/2021 às 14:55

Suplentes de Favero vão à ALMT exigir posse dois dias após morte de deputado

Primeiro suplente diz estar tranquilo com sua posição mas segundo suplente alega traição ao partido

Camilla Zeni

Suplentes de Favero vão à ALMT exigir posse dois dias após morte de deputado

Foto: Reprodução

Gilberto Cattani e Emílio Populo, ambos do PSL, estiveram na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), na manhã desta segunda-feira (15), requisitando a posse como deputado estadual. Os dois são suplentes do deputado Silvio Favero, que morreu vítima da covid-19 no último sábado (13)

A situação dos suplentes foi considerada, ao mesmo tempo, inusitada e constrangedora. Isso porque há uma briga interna no partido para verificar qual dos dois assumirá a vaga deixada pelo falecido. 

Emílio Populo, que se elegeu segundo suplente, alega que Cattani, o primeiro no cargo, traiu o partido ao deixá-lo pelo PRTB, para disputar como primeiro suplente na eleição suplementar ao Senado, realizada em novembro passado. "Se ele não tivesse saído do partido, eu não estaria aqui. Eu estaria abraçando eles todos, dando parabéns. Mas de quem me traiu eu não vou ser amigo", disse o médico à imprensa, nesta manhã. 

Leia também - Cattani retornou ao PSL há um mês e assume vaga de Fávero na ALMT

A situação envolvendo os dois suplentes se dá porque, apesar de Cattani ter deixado o partido em 2020, em fevereiro deste ano ele foi novamente filiado ao PSL. Dessa forma, ainda teria direito ao cargo para o qual foi eleito em 2018. Contudo, haveria dupla filiação por parte do pecuarista, já que ele ainda consta como filiado regular no PRTB, segundo a Justiça Eleitoiral.

Apesar da nova situação, o presidente regional do PSL, Aécio Rodrigues, afirmou que o partido não irá acionar Cattani na Justiça requisitando a vaga, porque o pecuarista foi o primeiro suplente diplomado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso. "Portanto, independentemente do partido em que ele estivesse filiado... Graças a Deus ele está junto conosco", comentou nesta manhã. 

Aécio também afastou alegações de que haveria um racha no partido e destacou que a situação é uma briga entre os dois suplentes. Segundo ele, para a sigla tanto faz qual dos dois assuma o cargo, desde que a cadeira fique com o PSL. 

Já para Cattani, sua saída do PSL e, depois, o retorno, é uma situação "pacífica". Ele explicou que deixou o partido com o objetivo de estar nas eleições de 2020, mas que a nova sigla se mostrou um espaço "desconfortável". Por isso, retomou as conversas e a filiação no início do ano. 

Cattani também avaliou que não teme perder a cadeira de deputado e citou os mais de 11 mil votos recebidos na eleição de 2018. Ele espera uma agenda com o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi (PSB), para discutir os termos de sua posse.
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