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18/05/2021 às 19:45

Secretária admite falha em vacinação em Cuiabá, abre sindicância e quer que MP investigue

Prefeitura quer saber se vacinados fraudaram documentação ou se houve falha dos servidores

Camilla Zeni

Secretária admite falha em vacinação em Cuiabá, abre sindicância e quer que MP investigue

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A secretária de Saúde de Cuiabá, Ozenira Félix, confirmou que houve falha na vacinação de pelos menos 2,5 mil pessoas do interior do Estado, que acabaram tomando a segunda dose na capital. O município já abriu uma sindicância para apurar o que aconteceu durante a campanha de vacinação contra a covid-19.

A falha foi identificada pela Prefeitura na semana passada, depois de um cruzamento de dados nos sistemas do Plano Nacional de Imunização. Segundo o município, a suposição é que esses moradores tenham buscado a Capital depois que as cidades ficaram sem a segunda dose da Coronavac para ser aplicada. 


Em audiência na Assembleia Legislativa na manhã de hoje (18), a secretária admitiu que houve falha por parte do município. 

"Eu já abri um procedimento administrativo, porque foi falha da equipe de Cuiabá. Até a pessoa vir de outro lugar para cá, ela tem o direito de tentar. Agora, ter se equivocado e ter deixado isso acontecer, realmente é uma questão, um problema que houve em Cuiabá", avaliou Ozenira.

Além da sindicância, a Prefeitura também quer que o Ministério Público Estadual (MPE) apure o caso. O município quer saber até que ponto foi uma falha da equipe que atua na campanha ou se houve fraude na documentação dos vacinados. 


“Assim que tomamos conhecimento dessa falha, já determinei que fosse encaminhado ao Ministério Público, ao Tribunal de Contas e aberto um PAD em parceria com a Controladoria do Município. A secretária Ozenira já tomou as providências”, comentou também o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), em coletiva de imprensa na segunda-feira (17). 

Questionado pelo Leiagora, o município ainda ressaltou que a investigação seria um procedimento para cumprir questões legais e afirmou que “os servidores que estão trabalhando na vacinação são profissionais muito responsáveis e comprometidos em fazer com que a campanha seja eficaz”, acrescentando que acredita que todos os servidores agiram de boa fé. 
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