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Notícias / Política

24/05/2021 às 07:00

Russi vê discussão acalorada em votação de mudança nas regras da previdência

Proposta do governo foi isentar R$ 3,3 mil da contribuição previdenciária de inativos que recebem até R$ 9 mil. Alguns deputados, porém, não concordaram

Camilla Zeni

Russi vê discussão acalorada em votação de mudança nas regras da previdência

Foto: Fablício Rodrigues/ALMT

Presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), o deputado estadual Max Russi (PSB) acredita que a proposta que muda regras da previdência estadual para servidores inativos deve provocar uma discussão acalorada no parlamento. 

Para o presidente, os deputados não devem chegar a um acordo antes da votação. Isso, segundo ele, pode fazer com que a proposta demore mais para ser analisada do que o esperado. 

“Existem conversas, tentativas, mas não tem definição, né? Espero que num prazo menor seja votado esse projeto, mas vai ter emendas, vai ter deputados defendendo, como eu já vi alguma manifestação que quer que [a isenção] vá até R$ 6 mil. Então, acho que vai ter uma discussão acalorada sobre isso”, comentou o parlamentar. 

Leia também - Previdência: deputados querem rediscutir isenção de até R$ 6,4 mil em 2022

A manifestação citada por Russi se dá em razão de que a proposta dos deputados da Assembleia é que o governo isente de contribuição previdenciária todos os aposentados e pensionistas que recebem até o teto do INSS, na ordem de R$ 6,4 mil. A Comissão Especial da Previdência da ALMT tentou negociar o valor, mas não teve sucesso. O projeto final ficou com a isenção de R$ 3,3 mil para quem recebe até R$ 9 mil de aposentadoria ou pensão.

Antes da proposta final, Russi chegou a afirmar que a pauta é uma prioridade do parlamento e que seria votada em um único dia, para garantir celeridade na tramitação e evitar que os aposentados pagassem mais um mês de contribuição com alíquota de 14%. Entretanto, diante das possíveis discussões, ele já não acredita em uma votação célere. 

A avaliação do presidente é contrária, porém, à da deputada Janaina Riva (MDB). Segundo ela, haveria, sim, um consenso entre os parlamentares para que aceitem a proposta enviada pelo governo e, depois, briguem por um aumento nessa margem de isenção. 

“Quando chegar na Assembleia vai ser muito célere. Aqui vai ser rápido, porque o nosso objetivo é votar em um dia, dois dias no máximo. Acho que pode acontecer dos deputados querem fazer emenda para mais, mas pedir vista, acho que não vão fazer para não prejudicar os servidores, porque um pedido de vista pode delongar para outro mês e ter mais uma cobrança para os servidores. Acho que isso não vai ter, porque isso é unânime aqui”, comentou.

“A gente tem que ver o seguinte: os mais impactados são aqueles que eles não tinham desconto nenhum e de repente veio para 14%. É diferente do servidor que tinha 11% de desconto e foi pra 14%, porque esse só cresceu 3%. O servidor que recebe até o teto [do INSS] cresceu 14%. Então, ele está tendo um impacto aí de quase R$ 1 mil e agora vai contribuir pela metade. Faz muita diferença em um mês. Isso representa para o Estado, aproximadamente, R$ 7 ou R$ 8 milhões por mês. Então, isso impacta na vida das pessoas. Por isso, a gente vai dar celeridade e votar o quanto antes”, completou.
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