A história do rock em Cuiabá passeia por diversas sonoridades, do rock’n’roll ao death metal, mas tem algo em comum: a maneira undergroundde se posicionar no mundo. Essa trajetória foi registrada no documentário "Ser Underground: A história do rock cuiabano" (2021, 74 min), dirigido por Joe Fagundes e i. bê. gomes, que será lançado neste sábado (11), às 19h, no Cinema do Sesc Arsenal, com entrada gratuita.
Esse modo de ser underground, que marca a produção dos roqueiros da capital mato-grossense, está principalmente na memória de músicos e entusiastas do rock autoral. E é por meio de entrevistas que o documentário apresenta importantes personagens da cena roqueira local, além de raras imagens de arquivos.
Foram mais de 50 entrevistados, entre músicos, produtores culturais e jornalistas, no projeto audiovisual contemplado pelo edital MT Nascentes, da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer de Mato Grosso (Secel/MT), com recursos da Lei Aldir Blanc.
A narrativa do documentário se inicia na década de 1960 com a ‘Jacildo e Seus Rapazes’, banda considerada precursora do rock’n’roll cuiabano. O primeiro baterista dela, Moracyr Isac da Anunciação (1937-2021), traz em seu relato uma Cuiabá distante – quando ainda eram ativos lugares como o Balneário Sayonara e o Clube Dom Bosco.
Na década de 1980, o rock cuiabano ganha uma sonoridade mais agressiva e assume uma identidade underground, tanto por uma escolha estética quanto por falta de opção: da dificuldade em se obter instrumentos e discos à falta de espaços para shows, a cena roqueira cuiabana foi construída à base de improvisos e muita criatividade.
Kabbalah, Blokeio Metal, Caximir, Lynhas de Montagem e G.T.W. são algumas das bandas que ajudaram a moldar esta fase da cena roqueira cuiabana, com forte associação ao lema punk 'do it yourself' (faça você mesmo). Esse espírito inventivo se manteve nos anos 1990 à medida que bandas surgiam e, na mesma proporção, se separavam. Era amplo o raio sonoro do rock cuiabano nesse período: do pop rock com traços locais da Pacu Atômico ao death metal da Extremunção, do punk rock da Joãozinho & Maria ao crossover da banda Dross, passando por tantas outras, a exemplo da Banda Strauss.
A partir dos anos 2000, surgem muitas bandas de heavy metal, como Gorempire, Necrosodommy, Hellzen, Malignant Excremental e tantas outras. E este gênero ganha força com a inauguração do Cavernas Bar.
Além dos dois diretores Joe Fagundes e i. bê. gomes (pseudônimo do jornalista Iuri Barbosa Gomes), compõem a equipe de produção Yuri Kopcak, responsável pelo som direto, Protásio de Morais, diretor de fotografia, e o fotógrafo Willian Garcia.
Oficina
O projeto também oferece, também no sábado (11), dia todo, uma oficina de produção audiovisual com recursos alternativos – nos moldes underground. A atividade será dividida em duas etapas: uma parte teórica de manhã e o workshop Apreciação, percepção, análise musical em Heavy Metal , proposto pelo músico e professor Roberto Viana, no período vespertino.
São 15 vagas, é voltada para o público alvo iniciante e as inscrições são gratuitas por este formulário.
Serviço
Lançamento do documentário Ser Underground: A história do rock cuiabano
Data: Sábado (11), às 19h
Local: Cinema do Sesc Arsenal
Entrada gratuita
Fotos:Willian Garcia
Com assessoria
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