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Notícias / Judiciário

14/10/2021 às 18:51

Desembargador nega liberdade a mulher que mandou matar o marido

Ela teria encomendado a morte do marido por R$ 60 mil e ficou devendo R$ 40 mil aos comparsas

Débora Siqueira

Desembargador nega liberdade a mulher que mandou matar o marido

Foto: Luzia Araújo/Leiagora

O desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Gilberto Giraldelli, negou o habeas corpus a Ana Claudia Flor, denunciada por homicídio qualificado contra o próprio marido, o empresário Toni Flor, em frente a uma academia, em agosto de 2020. Ela buscava a conversão da prisão preventiva em domiciliar, mas vai continuar segregada na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto, em Cuiabá, onde está há quase dois meses. A decisão é de sexta-feira (8), mas foi publicada nesta quinta-feira (14) no Diário de Justiça Eletrônico.
 
A defesa de Ana Claudia recorreu da decisão do juiz Flávio Miraglia da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, que havia negado a revogação da prisão preventiva no dia 30 de setembro. Os argumentos são os mesmos: concessão de prisão domiciliar com a aplicação de monitoramento eletrônico, tendo em vista que possui três filhas menores de idade e inexistem requisitos necessários à segregação cautelar da mulher.

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Contudo, o magistrado alegou a gravidade do crime não se enquadra em prisão domiciliar, mesmo ela sendo mãe de três crianças, filhas também de Toni Flor.
 
Segundo a denúncia do Ministério Público, Toni Flor foi atingido por disparos de arma de fogo efetuados por Igor Espinosa, a mando de Ana Claudia de Souza Oliveira Flor, no dia 1º de agosto de 2020, por volta das 7h, em frente a uma academia na capital. Para a concretização do crime, Ana Claudia teria sido auxiliada por Wellington Honorio Albino, Dieliton Mota da Silva e Ediane Aparecida da Cruz Silva.

De acordo com a investigação, Toni da Silva Flor e Ana Cláudia de Souza Oliveira Flor estavam casados há 15 anos, tendo inclusive três filhas. O casamento, no entanto, vinha se deteriorando, notadamente por conta de relacionamentos extraconjugais da acusada. Alguns dias antes de ser morto, Toni teria anunciado a intenção de se separar.
 
Durante a investigação, foi constatado que o crime foi encomendado mediante oferta de pagamento no valor R$ 60 mil, mas a esposa teria repassado somente R$ 20 mil. Verificou-se também que o executor gastou todo o dinheiro em festas no Rio de Janeiro. Consta nos autos, que os detalhes do crime foram discutidos em reunião virtual via WhatsApp.
 
Ana Claudia foi presa por policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) na Operação Capciosa em 19 de agosto de 2021.
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