Diante da homologação do União Brasil, o deputado estadual Dilmar Dal Bosco (União Brasil) defende que a Executiva Estadual tenha um presidente sem pretensões eleitorais, para que se dedique integralmente às funções do partido.
Quem poderia ocupar o cargo é o presidente do antigo DEM, Fabio Garcia. No entanto, ele vem sendo criticado há algum por lideranças do partido, a exemplo do senador Jayme Campos, do ex-governador Júlio Campos e do deputado estadual Eduardo Botelho. A relação está desgastada, principalmente pelo fato de Garcia ter protelado reuniões, em 2021, para discutir projeções da sigla. Além disso, recentemente ele anunciou sua pretensão à disputa estadual, o que conflita diretamente com os interesses dos caciques do União Brasil.
Além de declarar preferência por um presidente que não saia candidato nestas eleições, Dilmar pontuou que é importante que o próximo líder do diretório estadual se estabeleça em Cuiabá.
“Eu não tenho nada contra o Fabio Garcia. Tem representado o partido, e lógico que a gente entende que ele não está num cargo político e tem seus afazeres. Então, ele também tem que cuidar da vida pessoal, dos seus afazeres. Nós temos que ter presença do presidente, principalmente na capital, para nós definirmos as regras das eleições de 2022”, avaliou o porta-voz do Governo na Assembleia.
Todavia, Dilmar afirma que, até o momento, não houve nenhuma reunião para discutir o tema. Segundo o deputado, a Executiva Estadual aguardava a fusão oficial do PSL e do DEM para saber se haverão alterações no sentido de criação de um sistema hierárquico na nova legenda.
“Nós nunca fizemos isso dentro do nosso partido. Agora, com a fusão dos dois partidos, pode ser que aconteça algo de diferente. Até porque estão vindo mais vereadores, prefeitos, mais lideranças do PSL, que agora se torna tudo União Brasil. Então, para não ter uma disputa, para não ter algo que já nasça com possibilidade de esse ou aquele assumir, acho que o consenso é o melhor. A gente vai sentar, ter maturidade para definir qual nome é melhor”, finalizou.
Esse cenário todo abre grande possibilidade para que o presidente do antigo Partido Social Liberal (PSL) de Mato Grosso e ex-senador, Cidinho Santos, seja o mais cotado a assumir o cargo. Cidinho assumiu o comando do PSL e colocou o partido na base do governador Mauro Mendes, o que indica forte aproximação com esse grupo político.
