O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), tem dado mais corpo ao seu discurso de concorrer ao cargo de governador. Agora, o gestor não apenas fala do 'sentimento', mas, de fato, se colocou como uma das opções para encarar as urnas no pleito de outubro deste ano, caso o senador Wellington Fagundes (PL) siga com o projeto de reeleição.
O emedebista tem articulado a formação de um grupo para desbancar o governador Mauro Mendes (UB) do comando do Palácio Paiaguás. De acordo com Emanuel, Wellington é o nome de comum acordo para encabeçar a eleição rumo ao Governo. O senador, no entanto, está resistente, pois seu plano é buscar a reeleição.
“Wellington é o nome consenso. O Nilson Leitão está muito bem em Brasília, eu sou prefeito da Capital e sou apaixonado por essa benção de gerir os destinos da terra em que eu nasci, e o Fagundes está terminando o mandato dele de senador, terá que disputar a eleição. É um grande político, articulado, humilde, dialoga com todos, respeita todos os segmentos da sociedade, tem serviço prestado, tem uma excelente articulação em Brasília, ainda mais agora com o presidente Bolsonaro filiado em seu partido, enfim. Então, ele é o candidato de consenso para nós”, explicou.
Porém, diante da resistência de Fagundes, Emanuel não descarta encarar a disputa. Ele ainda afirma que estão sendo cotados os nomes do ex-deputado federal Nilson Leitão (PSDB), e da ex-prefeita de Várzea Grande Lucimar Campos (UB).
“Ele [Wellington] não querendo, insistindo no Senado, nós temos que procurar outro nome, e nessa construção de outro nome surge Emanuel Pinheiro, Nilson Leitão, Lucimar Campos - mas o Jayme pediu para tirar [o nome de Lucimar] que não teria a menor condição, a menor hipótese. Enfim, e outros nomes que vamos buscar, que possam representar não um projeto personalíssimo, pessoas, mas um modelo de gestão popular”, completou.
Emanuel se reuniu com o senador Jayme Campos e Leitão na semana passada em Brasília. De acordo com o emedebista, a insatisfação com a atual administração estadual é unânime entre as lideranças políticas.
“Foi uma conversa em que todos lamentaram o momento atual da gestão pública estadual, o momento que vive Mato Grosso com o perfil de gestão que está sendo adotado [...]. Então, nós precisamos devolver ao povo a esperança de termos gestores sensíveis a nível estadual, humanos, que conversem e dialogo com todos, que administre para o povo e não para poucos”, finalizou.