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Notícias / Política

06/03/2022 às 10:16

Chapas proporcionais: entenda o que os parlamentares buscam com as trocas partidárias

Verba para campanha, competitividade eleitoral e colar a imagem a alguma personalidade magnética são principais motivos

Jardel P. Arruda

A janela partidária abriu e começou a movimentação de parlamentares que trocam de partidos em busca de melhores condições para a disputa eleitoral de outubro deste ano. Mas, quais são essas condições que eles procuram e qual o motivo de precisarem trocar de partido para isso? O Leiagora explica.

Os cargos de deputado estadual e federal são definidos pelo sistema proporcional, no qual as vagas são divididas entre os postulantes através do quociente eleitoral, que é obtido por meio da divisão dos votos válidos pelo número de vagas disponíveis. 

Para ter direito a uma vaga, a chapa precisa dos votos necessários para alcançar o quociente eleitoral. Essa é a parte da concorrência entre partidos, pois quanto mais votos cada partido fizer, mais vagas ele consegue garantir em detrimento dos rivais.

Uma vez que a chapa alcançar o quociente eleitoral, os candidatos mais votados internamente preenchem as vagas conquistadas, enquanto os outros se tornam suplentes. 

Essa é a parte da concorrência interna, pois não há nenhuma garantia que, apesar dos gastos com campanha, os suplentes assumam o mandato por um dia que seja.

Portanto, os parlamentares irão buscar partidos que apresentem outros candidatos com potencial para uma votação expressiva, mas que não sejam vistos como ameaças desproporcionais na disputa interna. 

Ao mesmo tempo, também buscam garantias para o financiamento da campanha. A verba eleitoral pública é controlada pela diretoria executiva do partido, a qual terá o papel de distribuir o recurso entre todos os candidatos da sigla e pode beneficiar determinados quadros em detrimento de outros, conforme forem feitos acordos.

Há também as situações em que os parlamentares buscam novas siglas para demonstrar fidelidade a alguma personalidade. Esse é o caso dos deputados e vereadores que vão trocar de partido para seguir o presidente Jair Bolsonaro (PL), assim como em outros tempos ocorreram migrações em massa para o PSDB, quando Pedro Taques foi para a sigla; para o PSB, quando Mauro Mendes se filiou ao partido; e para o extinto PR, quando a agremiação recebeu Blairo Maggi.
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