Após uma nova onda de casos de covid-19 registrada no início do ano, em Cuiabá, os números voltaram a apresentar sinais de queda. Enquanto em janeiro 126 pessoas foram internadas no Hospital Referência (antigo Pronto Socorro), em fevereiro este número caiu para 47 pacientes internados na unidade.
E, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), na sexta-feira (4) havia apenas 15 pacientes internados em leitos de enfermaria e 12 em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Considerando todos os leitos pactuados pelo SUS em Cuiabá, em janeiro houve registro de 321 pacientes internados com covid-19 e, em fevereiro, esse número caiu para 98.
A Capital acumula 126.547 casos confirmados e 3.655 óbitos desde o início da pandemia. Atualmente, 385 pessoas estão em monitoramento, orientadas a cumprir isolamento domiciliar. Outras 201 estão internadas em leitos públicos ou particulares.
Conforme a secretaria, o que se observa desde o início deste ano é que houve um crescimento vertiginoso de casos no mês de janeiro, quando chegou-se a registrar 562 casos em um único dia e, aos poucos, a curva foi decaindo, chegando a 6 novos casos por dia.
Em todo o mês de janeiro, foram 9.385 casos. Já no mês seguinte, foram 1.940 casos confirmados, conforme o Painel Epidemiológico nº 726 da Secretaria Estadual de Saúde (SES).
Os óbitos também reduziram em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto entre 1º de janeiro e 4 de março de 2021, 410 pessoas foram a óbito por covid-19 na Capital, neste mesmo intervalo de tempo deste ano, ocorreram 95 óbitos.
Reflexo da vacinação
A queda é reflexo direto da vacinação, uma vez que mesmo com o aumento de casos devido à variante ômicron, o número de óbitos não acompanhou o mesmo ritmo.
Houve queda também na procura por testes rápidos de covid-19 na rede de Atenção Primária da Capital. Enquanto em janeiro houve um recorde de testes, com 46,8 mil exames, em fevereiro, esse número ficou em 3.936 testes realizados nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e também no Centro de Testagem, localizado no pátio da Policlínica do Coxipó. Desses, 687 (17,4%) deram resultado positivo.
Momento ainda é de alerta
Apesar de os números demonstrarem melhora na situação pandêmica em Cuiabá, a gerente da Vigilância em Doenças e Agravos Transmissíveis, Flávia Guimarães, avalia que ainda não é momento de baixar a guarda.
“Não podemos ainda falar em fim da pandemia, como muitos já estão discutindo. A doença pode se tornar endêmica, ou seja, fazer parte do perfil de adoecimento da população, mas ainda é cedo para se afirmar isso. Temos que ter claro que a transmissão continua, continuamos tendo casos e precisamos continuar adotando as medidas de prevenção, sendo que a principal delas é a vacinação”, comentou, lembrando que 90% dos cuiabanos acima de 18 anos e 52% dos adolescentes já tomaram duas doses da vacina e 25% das crianças de 5 a 11 anos receberam a primeira dose do imunizante.
Com assessoria
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