A deputada estadual Janaina Riva (MDB) acredita que irá desfalcar o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) se ela realmente deixar a agremiação durante a janela partidária. Isso, porque lideranças do interior do estado já se propuseram a acompanhar a emedebista. Apesar disso, ele acredita que ao sair da legenda, estará gerando um “trauma político” em sua base.
“Os vereadores têm, hoje, um impedimento legal, mas aqueles ligados a mim, sim [vão me acompanhar]. Conversei com alguns prefeitos, vereadores. Aqueles que agora, por causa das fusões e federações puderem ir, já vão, os que não puderem, aguardariam. Mas eles também pensam que o menos traumático seria a permanência no MDB”, enfatizou a presidente em exercício da Assembleia Legislativa.
Janaina não descarta a possibilidade de se filiar ao Partido Liberal (PL), caso o governador Mauro Mendes (UB) defina apoio à candidatura do deputado federal Neri Geller (PP) ao Senado Federal. Nora do senador Wellington Fagundes (PL), a deputada quer ajudar na campanha de reeleição de seu sogro.
O MDB, por sua vez, já bateu o martelo quanto ao apoio ao nome do progressista na corrida a senatória. O emedebista, contudo, ainda aguarda um posicionamento do governador Mauro Mendes (UB).
“Não gostaria de sair do partido, construí minha base toda no partido, prefeitos, vereadores, enfim. Então, não é algo que para mim seria tranquilo de ser feito, com certeza seria um trauma político para mim. Porém, nós temos esse prazo de dia 1º de abril e ele acaba antecipando um pouco as decisões”, completou a deputada, citando o fechamento da janela partidária previsto para o dia 1º de abril.
Janaina ainda tem esperanças de que Mendes escolha Fagundes, o que garantiria a sua permanência no MDB e apoio ao congressista, tendo em vista que a agremiação irá integrar o arco de alianças em prol da reeleição do governador.
“Eu acho uma incógnita a decisão do governador com relação ao apoio ao Senado. Eu não tenho clareza de qual rumo irá tomar. Eu acho que hoje ele tem duas opções, que são suas opções muito boas, são opções plausíveis e palpáveis. Agora, eu não vou ensinar o padre a rezar a missa, o governador que tem que definir com base no que é melhor para ele”, disse.
A fim de evitar a saída da parlamentar do partido, o deputado federal Carlos Bezerra, presidente regional da sigla, chegou a dizer que a direção a liberaria para apoiar a reeleição de Fagundes. Janaina, contudo, não aceitou a proposta.
Diante disso, ele já se articula para se filiar ao PL.
“O PL é o caminha natural para mim. Vejo que é um partido que eu teria maior liberdade. Não quero incorrer no risco de ir para outro partido que não vou conseguir apoiar o senador [Fagundes]. Fui convidada para alguns outros partidos, que também são boas opções, mas não posso incorrer nesse risco”, finalizou.
