O grupo de lideranças da esquerda mato-grossense que esperam formar um palanque para o presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva em Mato Grosso trabalham cinco nomes para disputa aos cargos de governo e Senado nas eleições de 2022: a deputada federal Rosa Neide (PT), o deputado estadual Lúdio Cabral (PT), o prefeito Zé do Pátio (Solidariedade), o ex-prefeito Percival Muniz e a ex-reitora Maria Lúcia (PC do B).
Esses foram os nomes elencados na reunião do “Comitê Pré-Lula”, realizada na noite de segunda-feira (14), no escritório regional da deputada Rosa Neide. A parlamentar federal afirmou que, apesar dela e Lúdio Cabral terem prioridade em disputar a reeleição para seus respectivos cargos, eles entendem a existência de um projeto maior em torno da eleição presidencial. A mesma opinião foi seguida pelos demais.
“Não é um projeto alternativo. É um projeto do povo. O povo está cansado do que está aí. Dar o apoio necessário das lideranças progressistas ao nosso presidente Lula. (...) Sou uma soldado. Mais do que pensar na minha candidatura própria, penso na eleição de Lula”, afirmou a Maria Lúcia.
A mesma opinião foi externada pelo militante histórico do PV em Mato Grosso, Aluízio Leite. “Começamos a pensar na possibilidade real de lançar candidato ao Senado e ao governo do Estado de Mato Grosso. Acho que uma candidatura forte de presidente da República merece ter uma candidatura forte ao Governo do Estado.”
Entretanto, também não foi descartada a possibilidade de compor em uma chapa de situação, cujo candidato natural é o governador Mauro Mendes (UB), ou de oposição, que tem como possível nome o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB). A condicionante seria não dividir o palanque com o presidente Jair Bolsonaro (PL).
De olho na proporcional
O grupo, formado principalmente por filiados do PT, PV e PC do B, siglas que devem seguir em federação partidária, está de olho no 24,76% de votação que Fernando Haddad (PT) teve em Mato Grosso em 2020.
Apesar de a votação não ser suficiente para eleger alguém ao governo do Estado, e por isso as lideranças com mandato em nível estadual e federal relutam em aceitar o projeto, é o suficiente para criar uma candidatura ao Senado competitiva, além de eleger deputado federal e estadual.
A projeção do grupo, com a federação PT, PV e PC do B, é conseguir eleger dois deputados federais e quatro estaduais. Parte da reunião de de segunda-feira teve como objetivo discutir metas para disputa proporcional e como se dará a partilha de vagas entre as siglas.
“Vamos analisar o perfil dos candidatos. Queremos distritalizar ao máximo as nossas representações dentro do Estado. Temos a possibilidade de lançar nove candidatos a deputado federal, então vamos pensar nos melhores nomes que representam. A meta é eleger dois deputados federais e não tenho dúvida de que essa federação pode eleger quatro deputados estaduais”, concluiu Aluizio Leite.