O deputado federal Carlos Bezerra, presidente regional do MDB, garante que o grupo formado por lideranças do MDB, PP, PSD e PSB, não está fazendo nenhum tipo de pressão no governador Mauro Mendes (União) para garantir apoio à candidatura do deputado federal Neri Geller (PP) ao Senado Federal.
O emedebista afirma que o chefe do Executivo Estadual tem total liberdade para formar sua chapa, mas frise que a candidatura do progressista à senatoria é irreversível.
“Não estamos pressionando ninguém, o governador pode montar a sua chapa como bem entender. Só que a candidatura do Neri, desse grupo, é irreversível. Aí não sei como vai ser compor isso para disputar as eleições”, disse o cacique insinuando que pode haver um rompimento.
Nos últimos dias, aumentaram os boatos de que Mendes já teria fechado com o senador Wellington Fagundes (PL), que irá disputar a reeleição neste ano. A medida é reflexo das reuniões que o governador teve com o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, em Brasília recentemente.
Isso gerou preocupação na grupo que defende o nome de Neri ao Senado, e resultou em uma reunião de mais de duas horas com o governador no Palácio Paiaguás esta semana.
Apesar disso, Bezerra nega que tenha havido qualquer tipo de pressão. “Não houve e não há pressão nenhuma em cima do governador e nem de ninguém. Nós não fomos lá não fazer pressão no governador, mas comunicar para ele, mais uma vez, como fizemos no ano passado, que o projeto está em andamento, e que o nosso projeto é esse: Neri ao Senado”, declarou.
Por outro lado, ele lembra que Fagundes nunca fez parte da base de Mendes, e prevê complicações para o governador. “Ele [Mauro Mendes] colocou uma outra candidatura ao Senado que é a do Wellington Fagundes. Então, criou os seus problemas na base. Wellington não é da base, nunca foi da base, mas agora chegou na base com força querendo a candidatura ao Senado. Isso gerou um problema muito sério, gravíssimo na base”, finalizou.
Vale lembrar que, algumas lideranças do grupo pró-Neri já defendem o rompimento do o chefe do Executivo Estadual, e o lançamento de uma candidatura própria ao Governo do Estado com o senador Carlos Fávaro (PSDB) como cabeça de chapa.
A ex-prefeita de Várzea Grande Lucimar Campos seria a candidata a vice. Com isso, o grupo conseguiria acomodar Neri e formar um projeto alternativo.
