Ao que tudo indica, o deputado estadual Dilmar Dal’Bosco já está arrumando as malas para deixar o União Brasil. Sem esconder o seu descontentamento com a agremiação, o parlamentar afirma que tomará uma decisão até a próxima terça-feira (29). Enquanto isso, se aproxima do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e, principalmente, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).
Antes de decidir o seu futuro, contudo, o líder do governo na Assembleia Legislativa quer se reunir com o governador Mauro Mendes (União).
Ele afirma que já fez essa solicitação, e que o encontro deve ocorrer entre hoje e amanhã, com a participação do secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, e do presidente do União Brasil, Fabio Garcia.
Dilmar vem sendo bastante cortejado pelo MDB, mas está cada vez mais próximo do ninho tucano. Todos os caminhos levam a crer que, se de fato sair do União Brasil, ele deverá se filiar ao PSDB.
Isso porque, ele não é o único correligionário do União que está com um pé na sigla tucana. O senador Jayme Campos (União) está articulando a ida de sua esposa, a ex-prefeita de Várzea Grande, Lucimar Campos (União), para a legenda. O ex-governador Julio Campos também abriu diálogo com o PSDB.
Na tarde de hoje (24), inclusive, Dilmar deverá se reunir com Jayme Campos para tratar do assunto. “Eu falei agora há pouco com o Fábio Garcia que terça eu vou comunicar minha decisão, porque eu ainda não me sinto confortável. Eu não gosto de deslealdade e não gosto de traição. Então, terça eu comunico a saída ou permanência”, disse o deputado, fazendo referência aos secretários estaduais que devem se desligar da administração para disputar a eleição desse ano.
Segundo Dilmar, os integrantes do primeiro escalão estadual estão tentando “roubar” suas lideranças no interior do estado usando a máquina pública. “Eu falei isso claramente na última reunião do partido. Estão usando a estrutura em cima da minha base. Secretário em cima da minha base pedindo para pessoas que estão me apoiando possam apoiar eles, porque hoje estão com estrutura e concedendo convênios com os municípios. Isso é ruim, não gosto disso”, revelou.
Pelo menos quatro secretários irão se desligar da administração estadual para se dedicar as eleições deste ano. Trata-se do secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho; do secretário de Saúde, Gilberto Figueiredo; do secretário de Cultura, Esporte e Lazer, Alberto Machado; e ainda o secretário de Agricultura Familiar Silvano do Amaral, todos filiados ao União Brasil.
Porém, o governador já anunciou que pode haver surpresa nas saídas dos secretários. São cotados ainda para deixar o governo o comandante da PMMT, coronel Assis, além do próprio secretário de Segurança Pública, Alexandre Bustamente.
