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16/04/2022 às 13:01

Cattani defende 'pau neles' em envolvidos no escândalo de propina no MEC

A declaração é pelo fato de prefeitos terem confirmado a cobrança de propina por parte de pastores que comandariam gabinete paralelo no MEC

Da Redação - Alline Marques / Reportagem local - Jardel P. Arruda

Cattani defende 'pau neles' em envolvidos no escândalo de propina no MEC

Foto: Helder Faria / ALMT

Após prefeitos confirmarem a cobrança de propina por parte de pastores para conseguir liberação de verbas junto ao Ministério da Educação, o deputado estadual Gilberto Cattani (PL) defendeu que eles sejam responsabilizados, ou nas próprias palavras usadas pelo parlamentar: “pau neles”. 

Por outro lado, o deputado defendeu ferrenhamente o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, e o presidente Jair Bolsonaro, com relação ao escândalo que atingiu o Ministério da Educação e resultou na saída do ministro, que inclusive, teve fotos impressas em bíblias distribuídas pelo MEC. 

“Pega quem estiver envolvido, prefeito, pastores. Se confirmaram, pau neles, e se o ministro estiver envolvido, pega o ministro”, declarou, dizendo logo depois, que “não teve um real desviado pelo ministro e que não existe acusação contra Milton. 

A declaração de Cattani é referente ao fato de três prefeitos terem confirmado, durante audiência no Senado, que um pastor cobrava propina em dinheiro, ouro e até por meio da compra de bíblias para conseguir liberar verbas no Ministério da Educação. Conforme os relatos, as cobranças partiam do pastor Arilton Moura. O pastor Gilmar Santos também foi citado entre os participantes das conversas.

Questionado sobre o áudio do ex-ministro, em 22 de março, em que ele dizia a prefeitos, que a pedido do presidente Jair Bolsonaro, repassava a verba a municípios indicados por pastores, Cattani critica a situação, disse que se trata um áudio vazado de maneira covarde, em que o ministro está conversando com pessoas do “seu meio”. 

E de acordo com o deputado “não tem nada disso no governo”. Para o parlamentar, a situação não afeta o presidente e defende que as pessoas modificam o teor das coisas. Por fim, o parlamentar alega que “se, porventura, tivesse propina, eram os pastores e prefeitos”. 

Cattani afirma que nunca chegou ao ministro e garante que Milton não estava autorizado pelo presidente. 

Entenda o caso

Em março, surgiram as denúncias da existência de um gabinete paralelo dentro do MEC, comandado pelos pastores Arilton Moura e Gilmar Santos, e eles teriam trânsito livre na pasta e exerciam influência sobre a destinação de verbas do ministério e sobre a agenda do então ministro Milton Ribeiro. 

Recentemente, em depoimentos durante audiência no Senado, prefeitos confirmaram que Arilton cobrava propina em dinheiro ou até em ouro para garantir verbas do MEC. Gilmar também foi citado, mas nega as acusações. Após o áudio do ministro ter sido vazado, ele pediu demissão do cargo. O escândalo agora virou caso de polícia e um inquérito foi aberto pela Polícia Federal para apurar os fatos. 
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