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Notícias / Entrevista da Semana

01/05/2022 às 08:00

Projetos para a Cultura e o Esporte na reta final do governo Mauro Mendes

Jefferson Carvalho, experiente em Esportes, fala de prioridades para as áreas

Priscila Mendes

Projetos para a Cultura e o Esporte na reta final do governo Mauro Mendes

Foto: Arte: Leiagora

Em razão da saída de seis secretários de Estado, para disputarem as eleições deste ano, houve algumas movimentações no primeiro escalão do governo Mauro Mendes. Na pasta de Cultura, Esporte e Lazer, o substituto de Beto Dois a Um escolhido foi Jefferson Carvalho Neves, que compunha a Secel/MT desde o início da gestão, no cargo de secretário adjunto de Esporte e Lazer.

Beto Dois a Um, o antecessor de Jefferson, é músico e tinha bom trânsito entre a categoria cultural. Jefferson Neves, por sua vez, tem trajetória profissional pelos esportes.

Rondonopolitano, Jefferson é graduado em Educação Física pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), pós-graduado em Treinamento Desportivo e é professor de ensino superior e de esporte de Alto Rendimento, sendo membro da Academia Brasileira de Treinadores (COB). Jefferson é também marido da vereadora por Cuiabá Michelly Alencar e compõe o grupo político de Mauro Mendes.

Há menos de um mês conduzindo a Secel/MT, Jefferson Neves fala ao Leiagora sobre planos para o Esporte e para a Cultura nesta reta final da gestão Mauro Mendes.

Confira a entrevista na íntegra:

Leiagora - Você foi empossado no último dia 4 e, antes disso, havia uma expectativa de como seria a nomeação de Mauro Mendes para os seis secretários que foram substituídos. E, especificamente acerca da Secel, a escolha do seu nome foi política ou existiu uma proposta de aumentar o olhar para o Esporte? Como foi essa escolha? 

Jefferson - Na verdade, a escolha foi pela continuidade. Nós estamos no governo [Mauro Mendes] desde janeiro de 2019, eu era do Esporte, eu participei de todo o processo, desde a transição do governo: a gente esteve na equipe de transição da Cultura, do Esporte, inclusive do Turismo, naquele momento. A gente conhecia e aprendeu desenvolver todos os processos aqui dentro da Secel. A gente teve líderes fantásticos, como Allan [Kardec] no começo e o Beto [Dois a Um] agora no final que deram continuidade ao trabalho que vem sendo feito de forma valorosa e eficiente. E a escolha, na minha opinião, foi isso. Até, porque... as pessoas perguntam: "foi escolha política?", "é porque ele é marido da vereadora?". Não, mas eu entrei no governo dois anos antes de ela pensar em ser vereadora ainda! Então, não tem essa coisa da escolha política, é escolha técnica! O Mauro tem muito esse olhar técnico, essa visão técnica e ele, na minha opinião, optou pela continuidade nesse momento.

Leiagora - Falando em Esportes: Vocês abriram mais uma edição do projeto Olimpus, do Bolsa Atleta, e aumentaram o número de atletas contemplados e o número de investimentos. Existe uma proposta de ampliar o incentivo ao atleta e ao esporte? Qual é o plano para o Esporte?

Jefferson - A gente fica muito feliz com tudo que vem acontecendo na Secretaria. Esse aumento de investimento foi justamente porque a política funcionou quando a gente conseguiu entrar. A gente tinha um orçamento inicial de 800 mil reais para o projeto Bolsa Atleta, que atendia um pouco mais de 100 atletas e a gente conseguiu ampliar para 151 atletas em 2020 e agora, com os bons resultados alcançados, nós tivemos atletas em campeonatos pan-americanos medalhistas, em campeonatos mundiais, em campeonatos nacionais em várias modalidades... Nós somos referências no país já em um pouco mais de dois anos e meio... O governador, muito sensível [ao projeto], pelos resultados alcançados, ampliou esses recursos pra disponibilizar pros atletas. Lembrando: são até 615 atletas atingidos, não que a gente vá conseguir atender esse 615 atletas, porque depende exclusivamente dos resultado deles. Então, se tivermos 615 mato-grossenses que alcançaram os resultados do projeto Olimpus, do bolsa atleta, a gente vai atendê-los. A gente fica muito feliz com isso, porque são políticas que vêm funcionando e, por conta dos resultados, foram ampliadas.

Leiagora - Existem outros projetos que devem ser lançados, voltados para o esporte, ainda em 2022, o último ano do governo Mauro Mendes?

Jefferson - Na verdade, as ações do governo são, além de fazer bem feito, mudar as formas de como vinham sendo feitas as coisas. Todas as políticas que a gente implantou foram através de mudanças em projetos de lei, com formato para que elas tenham continuidade. Por exemplo: a gente criou o Programa Pontos do Esporte. O que é isso? É um projeto que destina recurso anual pra os projetos sociais que já funcionam. A gente tem 30 mil reais/ano pros projetos sociais que trabalham com esportes nas suas mais variadas vertentes... Pra deficiente, pra criança, pra público vulnerável e assim sucessivamente. Isso é uma política que vai ter que continuar, porque foi criada uma lei pra isso. A gente criou também o projeto chamado Bolsa Técnico. Porque o Bolsa Atleta existe desde 2004, por mais que teve problemas de continuidade, muitos governos, ele existe há bastante tempo. Os treinadores, que são os caras que estão há muitos anos trabalhando no desenvolvimento dos atleta e que são os formadores, eles nunca eram valorizados. Às vezes, sim, às vezes, não. Quase sempre tiravam dinheiro do bolso pra representar o Estado na seleção e não recebiam nada em troca em relação a isso. Então, a gente criou o projeto incentivando os treinadores. Quanto melhor os resultados do seu atleta, ele vai receber recurso mensal do Estado pra continuar o seu trabalho e se desenvolver cada vez mais. Além de outro projeto muito importante, que é o de manutenção e reparo em espaços esportivos, que a gente disponibilizou pras prefeituras do interior escolherem as suas prioridades e a gente fazer a manutenção desses espaços esportivos, pra que a gente tenha a melhor qualidade na infraestrutura esportiva no estado.

Leiagora - Vamos falar sobre Cultura agora. A Secel está com editais abertos, voltados pro audiovisual, o de Games, o MT Criativo e, mais recentemente, às vésperas da saída de Beto Dois a Um, foram lançados quatro editais e, recentemente, publicados três dos quatro lançados: o Viver Cultura, o Estevão de Mendonça, o Revita Bibliotecas e o Pontos de Cultura. Você explica um pouco sobre esses editais com inscrições abertas?

Jefferson - A gente ficou muito feliz com a sensibilidade do governador em liberar esses recursos. São recursos próprios para fazermos esses investimentos na Cultural. São mais de R$ 17 milhões só nesses editais que você falou, né? A gente teve o do audiovisual, um montante de mais de três milhões de reais. E a pauta vindo pra cá agora... Por exemplo, o Viver Cultura é um edital de pauta livre. Pode ser das artes plásticas, pode ser da literatura, pode ser da dança, da música e assim sucessivamente. É fazer o financiamento, é dar o apoio pras várias manifestações culturais no nosso estado... O Revita Bibliotecas é uma necessidade que a gente tinha já há muito tempo, um sonho, inclusive do nosso pessoal aqui da Biblioteca Estevão de Mendonça em relação a isso, fazer com que as bibliotecas tenham uma ambiência um pouco melhor, tenham um acervo um pouco melhor  nos quatro cantos do estado, esse é um trabalho que a gente vai fazer com muito prazer. Além dos Pontos de Esporte. Esse projeto dos Pontos de Esporte é inspirado no projeto Pontos de Cultura, que há muito tempo existe, e, na mesma linha de entendimento, vem funcionando, vem dando certo, os frutos são fantásticos. E teve agora esta ampliação de recursos. Todos esses editais vêm pra cumprir a nossa necessidade de fazer o atendimento pros trabalhadores da cultura aí pelo nosso estado.

Leiagora - Em 2021, vocês lançaram o edital MT Preservar. O olhar pro patrimônio histórico é sempre um gargalo e existe uma crítica de que os governos em geral investem pouco na manutenção dele e é inconteste a importância cultural desses espaços. Além do MT Preservar, o que mais pode ser feito para cuidar do patrimônio histórico de Mato Grosso?

Jefferson - Nós temos muitas muitas ações nesse sentido. O que acontece? O Governo sozinho não consegue fazer tudo. A gente precisa muito da parceria dos municípios. Tem município que estabelece como prioridade o seu patrimônio histórico, a gente os atende com recursos próprios. Nós temos convênios que a gente faz municípios pra essas restaurações. O que a gente fez com esse edital é incentivar os municípios a cuidarem de seu patrimônio. A gente fez esse edital exclusivo para os municípios para que tenha essa restauração desses espaços fantásticos. Por exemplo, os telégrafos de Rondon espalhados aí pelos quatro cantos do Estado, vários outros espaços que retratam a história do nosso povo. Então, a gente precisa entender que é importante ajudar os municípios nessa preservação. Mas é ajudar, não é fazer o que é a obrigação dos municípios. Então, a gente precisa ter essa comunhão de forças, pra gente conseguir fazer com que efetivamente esses patrimônios sejam preservados ao longo do tempo. 

Leiagora - Antes de sair, Beto tinha prometido abrir um edital de concorrência pra gestão compartilhada de alguns espaços culturais aqui em Cuiabá. Ele citou a Casa dos Governadores, que está fechada, que é o Museu de Artes de Mato Grosso; o Museu Histórico de Mato Grosso, ali perto da Igreja Matriz; e a gestão compartilhada da Biblioteca Estevão de Mendonça, a exemplo do que já é hoje, que é a gestão compartilhada do Cine Teatro Cuiabá e do Museu de História Natural. Existe previsão de lançamento dessas concorrências para 2022?

Jefferson - A gente ainda não tem um prazo, porque todas essas situações demandam uma mão de obra e um conhecimento muito especializado, principalmente de quem tem a intenção de assumir essas parcerias. O contrato precisa ser muito amarrado, precisa de aprovação da Procuradoria Geral do Estado, precisa de aprovação do órgão de controle que a gente tem aqui, que é a CGE [Controladoria Geral do Estado]. Essas fases vão acontecendo e depende muito desse fluxo. Nós ainda não temos esse prazo, mas, com certeza, isso vai acontecer, se não nesta gestão, se não até dezembro de 2022, com toda certeza, a gente vai deixar muito bem encaminhado aí pra próxima gestão, quem quer que sejam os gestores.
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