O vereador tenente-coronel Marcos Paccola (Republicanos) afirma que não ficou surpreso com o arquivamento do pedido de cassação contra o prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB). O parlamentar afirma que já esperava esse posicionamento da maioria de seus colegas, e ainda cita a interferência do poder Executivo na votação.
“A base é aquilo que dá sustentação para qualquer estrutura, e essa estrutura que está engendrada permanece justamente por conta da base que existe no Parlamento, e ele [Emanuel Pinheiro] se sente muito seguro”, disse, citando a movimentação de integrantes do primeiro escalão municipal.
Segundo ele, diversos secretários foram atrás de vereadores, com o intuito de garantir o arquivamento do pedido. “Ele [Emanuel Pinheiro] até disse ontem que estava tranquilo, mas secretários estavam nos bastidores correndo atrás. Hoje cedo acordaram vereadores que eles não iam atras há dois meses”, completou.
Apesar da “derrota”, Paccola afirma que está com o sentimento de dever cumprido. “Enfim, fiz minha parte, durmo de consciência tranquila, porque diante de qualquer situação eu não vou prevaricar. Estarei fazendo a minha atribuição, que é constitucional do vereador, que é de trazer para que o plenário avalie”, enfatizou.
Questionado se ficou decepcionado, ele nega e afirma que já esperava esse resultado. “Eu não fico surpreendido, e acredito que a população também não fique surpreendida. A decepção é proporcional à expectativa e eu tenho muito pouca expectativa nesse Parlamento em relação a essa questão de independência”, finalizou.
Na última terça-feira (24), Paccola apresentou um requerimento pedindo a abertura de uma Comissão Processante contra o prefeito da Capital por suposto crime de responsabilidade.
Segundo ele, Pinheiro teria descumprido a determinação do Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde no que diz respeito a vacinação contra a covid-19. O parlamentar afirma que ele teria autorizado a vacinação de pessoas em faixas etárias ainda não contempladas pelo programa nacional de imunização.
O requerimento foi apreciado na sessão ordinária desta quinta-feira (26) e arquivado por 15 votos a 9.
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