Em seu discurso de apresentação como pré-candidata a deputada federal pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), a ex-senadora Serys Slhessarenko parece ter voltado às origens com viés de esquerda e afirmou que deve apoiar o correligionário Geraldo Alckmin, que está como pré-candidato a vice-presidente na chapa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A ex-congressista foi lançada nesta quarta-feira (8) como a última integrante da chapa federal do PSB, convidada pelo presidente da Executiva Estadual, deputado Max Russi. Serys fez uma breve declaração sobre o cenário político nacional, e avaliou que a polarização já é certa e não acredita que isso possa mudar. Diante disso, a ex-senadora conclui que acompanhará a nacional do partido na chapa encabeçada pelo ex-presidente Lula.
“Eu estou no PSB, Partido Socialista Brasileiro, o partido do Alckmin. Geraldo Alckmin é candidato à vice-presidência de uma chapa. Então, o que nós temos que fazer… Feita a convenção, o partido decidiu está decidido e estamos lá. Isso aí é uma questão que queria deixar muito clara”, explicou a pré-candidata.
Serys foi filiada no Partido dos Trabalhadores entre 1989 a 2013, sendo eleita deputada estadual por três mandatos consecutivos, de 1991 a 2003. Após esse período na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, ela foi a primeira mulher se eleger senadora por Mato Grosso. Cargo que ocupou de 2003 a 2011.
Após muitas brigas internas dentro PT, tendo inclusive perdido as prévias do partido para Carlos Abicali, em 2010, quando pretendia ir à reeleição, Serys disputou para deputada federal, no mesmo ano ainda pela legenda trabalhista, mas sem êxito. Depois ficou oito anos fora da disputa eleitoral e retornou em 2018, quando também tentou uma vaga na Câmara Federal pelo Republicanos, porém, mesmo com 33 mil votos não conseguiu retornar ao Congresso.
Serys é autora da lei da delação premiada, que acabou resultando inclusive na prisão do ex-presidente Lula, além de outros petistas, mas que também se tornou um dos principais instrumentos dos órgãos de investigação para demonstrar quadrilhas, principalmente, ligadas à esquema de corrupção. Ela também apresentou projeto de lei que visava acabar com a escolha política para órgãos como o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e previa realização de concurso para escolha dos conselheiros, porém, a proposta não andou após sua saída do Senado.
Serys também chegou a disputar o governo do Estado em 2006, na época em que Blairo Maggi foi à reeleição, mas também não obteve êxito no pleito. Na época ela teve o nome envolvido no esquema Sanguessuga, que tratava-se de desvio de recursos na compra de ambulância. No entanto, anos mais tarde descobriu-se que ela foi vítima de um dossiê fabricado na época da campanha.
