“Decepcionante”. É assim que Patrícia Ramos, mãe de Isabele Ramos, jovem morta pela amiga com um tiro na cabeça em 2020, classificou a decisão do Tribunal de Justiça, que na noite dessa quarta-feira (8), desqualificou o dolo e garantiu a liberdade da adolescente que estava internada no Lar Menina Moça, no Complexo do Pomeri, desde janeiro de 2021.
Para ela, essa decisão desconsiderou todo o trabalho pericial e de levantamento de provas realizado. “É como se todo trabalho desse tempo todo fosse jogado no lixo”, disse em entrevista ao programa Agora na Conti.
Diante disso, Patrícia afirma não entender qual fundamento levou o judiciário de Mato Grosso a proferir tal decisão. “Eu acompanhei de perto o trabalho da perícia, da polícia, do IML. Eles foram exímios em tudo que fizeram, tanto é que eles [família da acusada] recorreram várias vezes a órgãos superiores, e todas as vezes eles tiveram recursos negados”, completou.
Para ela a desqualificação do crime de dolo é incomestível. “Essa decisão de ontem me deixou surpresa, porque desqualificar um crime de doloso para culposo e muito grave, é inconcebível diante de todas as provas. É decepcionante”, disse.
Na tarde desta quinta-feira (09), Patrícia se reuniu com o promotor Paulo Prado para pedir que o Ministério Público Estadual recorra da decisão, e garanta novamente a internação da adolescente que matou Isabele.
“Eu perdi essa batalha mas não perdi a guerra. Vou continuar litando pela justiça, e continuar acreditando que ela existe”, finalizou.
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