"Nós não vamos aceitar esperar três anos, isso é fato". A declaração é do deputado estadual Xuxu Dal Molin (União) em relação à previsão de que somente em dois ou três anos seja finalizado o processo para trocar a empresa concessionária da BR-163. Levantamentos da Polícia Rodoviária Federal (PRF) apontam a média 150 mortes na rodovia, por ano, em Mato Grosso.
De acordo com Xuxu, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) recebeu estudos sobre a BR-163 que podem adiantar o processo de relicitação da concessão da rodovia federal. Além disso, ressalta que o governo de Mato Grosso pode assumir, de forma integral ou parcial, os serviços atualmente prestados pela Rota do Oeste, através de uma Parceria Público-Privada (PPP).
“O governo do Estado se colocou à disposição para ajudar. Aí existem duas possibilidades, pode ser que assuma toda a manutenção e obras, pode ser que venha a ajudar só nas obras de duplicação”, afirma o parlamentar.
A PPP envolvendo o governo do Estado ainda estaria em discussão, mas poderia ser realizada através da MT Par, empresa com capital misto cujo sócio majoritário é o Executivo Estadual. Ela atua em PPPs, com função de mobilizar recursos e parceiros, públicos e privados, para atender às demandas estratégicas.
Essa propsota também vem sendo defendida pelo 1ª secretário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado estadual Max Russi (PSB). Porém, sofre resistência do presidente do Legislativo, deputado Eduardo Botelho (União), o qual lembra ser função do Governo Federal os investimentos necessários para resolver os problemas da rodovia federal, e que milhões já foram cobrados da população pela concessionária Rota do Oeste.