O vereador Adevair Cabral (PTB), líder do governo na Câmara Municipal, colocou na conta do Ministério Público e da Justiça o caos na saúde pública em Cuiabá, em taxa da demissão de 107 médicos por vencimento de contrato. De acordo com o parlamentar, o órgão fiscalizador “amarrou” o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) de forma que ele não pode agir para reverter o atual cenário da Saúde.
Para Adevair, a Justiça, ao proibir a prefeitura de realizar contratações emergenciais, cria uma situação caótica nas unidades básicas de saúde. O vereador ainda apontou os colegas da Casa como contribuidores da péssima situação que se encontra a Saúde, pois, segundo ele, focam em criticar a gestão e não auxiliam na busca de soluções.
“Agora, dia 30 de junho, a prefeitura vai ser obrigada pelo Ministério Público e a Justiça a demitir 107 médicos das UPAs, policlínicas e dos postos de saúde. Não tem médico e ainda vai ter que demitir. Dia 30 agora o caos vai tomar conta de Cuiabá. Culpa de quem? Do prefeito? O prefeito está tentando resolver essa situação”, argumentou.
A demissão de servidores da pasta da saúde municipal foi imposta como uma das medidas do Tribunal de Justiça (TJ) em decorrência da operação Capistrum, que resultou no afastamento de Emanuel em 2021 e expôs indícios de desvios nos recursos da Saúde.
O vereador ainda cita que o prefeito vem tentando acordo com o MP para prolongar os contratos temporários até a nomeação dos aprovados no seletivo, porém não tem tido êxito. “Quando tinha contratações emergenciais o caos não existia, não tinha”, concluiu Adevair.