Os três senadores de Mato Grosso não assinaram o requerimento que garantiu a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que visa investigar possíveis irregularidades no Ministério da Educação.
O senador Wellington Fagundes (PL) acredita que qualquer CPI neste momento será conduzida pelo viés político, tendo em vista o processo eleitoral deste ano. “Existem outros órgãos de controle para investigar, por isso é necessário aguardar avaliação e resultado das investigações”, disse.
Já o senador Fábio Garcia (União), que está na vaga do senador licenciado Jayme Campos (União), afirma que ainda não teve acesso ao requerimento que prevê a criação da Comissão.
A senadora em exercício Margareth Buzetti alegou que o período pré-eleitoral pode prejudicar o escopo da CPI, "que deve ser isenta e ter o tempo necessário para a apuração a que se propõe. Neste momento, o mais sensato é deixar a justiça, bem como a Polícia Federal, continuar seu trabalho de investigação".
A CPI do MEC foi articulada por um grupo de oposição ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Ela ganhou força após a prisão do ex-ministro Milton Ribeiro nessa quarta-feira (22). Ele foi solto na tarde desta quinta (23).
A Polícia Federal investiga a existência de um “gabinete paralelo” instalado no Ministério da Educação, que teria resultado no favorecimento financeiro a pastores. Os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos, que estão no centro das suspeitas, também foram presos.
O caso reacendeu a pressão para a instalação de uma CPI. O autor do requerimento, senador Randolfe Rodrigues (Rede), garantiu na tarde desta quinta-feira (23) as 28 assinaturas necessárias para instaurar o procedimento no Senado Federal.