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Notícias / Judiciário

05/07/2022 às 20:35

Empresário é condenado a 20 anos de prisão por mandar matar personal trainer

O outro acusado foi solto após instalação de tornozeleira eletrônica, pois em Mato Grosso não há local para regime semiaberto

Débora Siqueira

Empresário é condenado a 20 anos de prisão por mandar matar personal trainer

Walisson Magno de Almeida (à esquerda) e Guilherme Dias de Miranda (à direita)

Foto: Divulgação

O empresário Guilherme Dias de Miranda foi condenado a 20 anos de reclusão por ter mandado matar o personal trainer Danilo Nascimento de Souza Campos em 2017 por ele ter se envolvido com a esposa dele na época, Ane Lise Hovoruski. Antes de planejar a morte de Danilo, o réu condenado já havia ameaçado o profissional por mensagens de celular e abordado a vítima no estacionamento da academia Smart Fit Goiabeiras e feito novas ameaças. Ele vai continuar preso pelo crime. O empresário está na prisão deles março de 2018, quando foi localizado em São Paulo.
 
O outro acusado do crime Walisson Magno de Almeida Santana, vulgo Parabólica, foi condenado a 9 anos de reclusão. Contudo, a juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, disse que a pena de Wallisson deverá ser cumprida em regime inicialmente semiaberto.
 
Como em Mato Grosso não há Colônia Penal Agrícola ou Industrial, a prisão em regime semiaberto foi substituído pelo uso de tornozeleira eletrônica. Ela revogou a prisão preventiva que mantinha Walisson preso desde março de 2018 e determinou o alvará de soltura dele, após a instalação do equipamento.
 
O Ministério Público vai recorrer dessa decisão.
 
Conforme a sentença, o comportamento do personal trainer não contribuiu para a prática do crime. Através das mensagens de celular acostadas aos autos, depois que ele descobriu que Ane Lise era comprometida, Danilo tentou de todas as formas sair daquele relacionamento, mas ela sempre voltava a procurá-lo e insistia para que se encontrassem.
 
“Quando ameaçado por Guilherme a vítima esclareceu que até então não tinha conhecimento de que Ane Lise era sua esposa. Ademais, o fato de ter se envolvido com Ane Lise não autoriza e nem justifica a sua morte”, assinou a juíza Mônica Perri, na sentença.
 
Ao saber da infidelidade, Guilherme passou a ameaçar o personal trainer e no dia 08 de novembro de 2017, às 21h15, em companhia de Wallison Magno de Almeida Santana, vulgo Parabólica, armaram emboscada para Danilo, que morreu vítima de tiros.
 
Após o assassinato da vítima, Guilherme passou em um supermercado e em seguida rumou para a sua residência, onde convidou Ane Lise para comerem um lanche numa lanchonete próxima da casa deles. Em seguida, abriu o celular e mostrou para a esposa a notícia da morte do personal trainer, afirmando que ele havia “lavado o seu orgulho”. Depois passou a ameaçar a mulher para não contar sobre o crime.
 
Quando percebeu que seria preso, Guilherme e Walisson fugiram para São Paulo. Depois de aproximadamente três meses, os acusados foram presos na capital paulista. Guilherme usava documento de identidade falso, em nome de terceiro. Além disso, praticava estelionato. Ele já aplicava golpes em Mato Grosso antes do crime e mesmo depois de foragido, continuava na prática. Em São Paulo, ele usava cartões clonados para compra de passagens aéreas para outras pessoas.
 
 
 
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