A proposta de palanque aberto para o Senado Federal não deve prosperar na base governista. Isso, porque o Partido Liberal (PL) já sinalizou que não vai aceitar o encaminhamento sugerido pelo governador Mauro Mendes (União), que deve buscar a reeleição no pleito deste ano.
A agremiação tem o senador Wellington Fagundes (PL) como candidato à reeleição, que espera estar na chapa encabeçada por Mendes. Além de enfraquecer o projeto do congressista de permanecer no Senado Federal, a proposta de palanque aberto ainda pode colidir com o projeto nacional da legenda, que é reeleger o presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ocorre que os demais postulantes à senatória da base governista, Neri Geller e Natasha Slhessarenko, defenderão a eleição do presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Mato Grosso.
“O governador já foi muito claro e disse que não abre mão do Bolsonaro, que já deu a palavra. O acordo é com o Bolsonaro, e o apoio é para Bolsonaro. E o União Brasil coligar com o Bolsonaro, implica coligar com o PL”, reforçou Fagundes.
Por consequência, o candidato a senador do grupo será o Wellington, uma vez que integra os quadros do PL. “Então, ele firmou a coligação PL e União Brasil. Dentro do União Brasil, Jayme, Fabinho, Cidinho, as lideranças todas, demonstraram apoio a Wellington Fagundes pra senador, e o PL apoia a Mauro Mendes. Sendo assim, o candidato oficial dessa coligação é Mauro Mendes para governador, Wellington Fagundes para senador e Bolsonaro para presidente”, assegurou.
Para o senador, a proposta de palanque aberto feita por Mendes em reunião com aliados na noite dessa segunda-feira (11) foi mais para fazer a política de boa vizinhança com o deputado federal Neri Geller (PP), que se aliou ao grupo de esquerda para viabilizar a candidatura dele ao Senado.
“Isso foi mais uma tentativa de fazer o Neri ficar. O Mauro fez isso mais para demonstrar que está de braços abertos”, finalizou.