Nem esquerda e nem direita, mas ao centro. Este tem sido o discurso adotado pelos prefeitos de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, e de Várzea Grande, Kalil Baracat, ambos do MDB. Eles disseram publicamente nesta semana que o apoio deles é pela pré-candidatura à Presidência da República da senadora Simone Tebet (MDB/MS).
Para o eleitor pode até ser confuso o apoio dos prefeitos das duas cidades mais populosas do Estado e possuírem caminhos distintos na composição local. Kalil Baracat apoia à reeleição do governador Mauro Mendes (União), que por sua vez, declara abertamente apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Já a primeira-dama de Cuiabá é do PV e deve ser a primeira suplente na chapa ao Senado encabeçada por Neri Geller (PP), que será o candidato de Lula, em Mato Grosso. Emanuel disse que não participou da reunião com Lula em Brasília no dia 12 de julho, ao lado da esposa Márcia Pinheiro, porque o MDB vai apoiar o projeto da senadora.
“Fui convidado para ir à reunião, mas disse que não poderia. Eu a considero uma grande senadora, a recebi aqui em Cuiabá, muito querida, muito preparada. O protagonismo era da Márcia, ela foi e eu não fui. Eu defendo e voto em Simone Tebet como Presidente da República”, destacou Emanuel Pinheiro.
Já o prefeito Kalil Baracat também definiu pelo apoio à correligionária do partido à presidência da República, como proposta de terceira via, uma alternativa além de Lula e Bolsonaro. A senadora fez uma visita a Várzea Grande no dia 23 de maio e também se reuniu com o prefeito Emanuel Pinheiro e o governador Mauro Mendes na mesma data.
“Tebet é um grande quadro, acredito que ela possa se despontar aí. Tem boas propostas, uma senadora exemplar, nossa conterrânea do Mato Grosso do Sul e o Brasil precisa de oportunidades e acho que ela é uma oportunidade. Uma mulher destemida e tem grande visão do Brasil e ela pode ser a terceira via. Ela é a minha candidata a presidente assim que passar pelas convenções.
Baracat disse repudia atos de violência envolvendo política, assim como houve em Foz do Iguaçu (PR), quando um policial penal federal bolsonarista invadiu a festa de aniversário de um guarda municipal cujo o tema era PT e disparou e matou o aniversariante na frente da família e dos amigos. Contudo, antes de morrer, o guarda municipal petista atirou e feriu o policial.
“Eu repudio os atos de violência quando as discussões devem ocorrer no campo das idéias. Nós temos tantas coisas importantes para ser debatidos no Brasil no campo econômico, tem tantas pautas políticas que não é com a violência que vai se resolver. A democracia é feita com diálogo, dentro das propostas. O que aconteceu foi absurdo e peço a Deus que não aconteça em Mato Grosso, com eleitores de extrema direita, extrema esquerda, do centro não vá para esse lado, de vias de fato, usando arma. Não se resolve nada na bala”, argumentou em entrevista no programa Agora na Conti.
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