O grupo de esquerda em Mato Grosso continua na indefinição no que se refere à candidatura própria ao Governo do Estado. Em meio ao período de convenções partidárias (20 de julho a 5 de agosto), quando as siglas precisam chancelar se lançarão candidatos na corrida eleitoral, a tendência é que o martelo seja batido na próxima semana. Uma reunião está marcada para a próxima segunda-feira (25).
A Federação Brasil da Esperança (PT, PV e PCdoB) pressiona o senador Carlos Fávaro (PSD) para representar o grupo na disputa pelo comando do Palácio Paiaguás, pois acreditam que isso irá fortalecer o projeto de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência da República em território mato-grossense.
O social-democrata, contudo, ainda se mostra resistente em aceitar o desafio de rivalizar com o governador Mauro Mendes (União) nas urnas. Ele não esconde o desejo de permanecer no Senado Federal, mas não descarta totalmente a possibilidade de encabeçar uma chapa ao Governo.
Apesar disso, o prefeito da Capital, Emanuel Pinheiro (MDB), acredita que o projeto de levar Fávaro à eleição ao Governo irá prosperar. “Ele foi picado pela mosca azul. Ele começou a sentir os efeitos, ele foi picado, mas os efeitos ainda não estavam dominando o seu corpo. Agora, eu sinto que o efeito já começa a tomar conta dele. É a impressão que eu estou tendo, não sei se é a dos companheiros”, disse esta semana à imprensa.
Fávaro foi para São Paulo nesta sexta-feira (22), onde se reuniu com o ex-ministro da Casa Civil Aloízio Mercadante, para tratar sobre o plano de governo do presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva.
Ele deve retornar ao Estado neste sábado (23) mesmo e promete reunir a base para tratar do assunto. O parlamentar também afirma que terá que conversar com a família e buscar fontes estruturais para sustentar uma eventual candidatura ao Governo do Estado.
Caso o congressista opte por não encarar o pleito, Emanuel garante que o grupo de esquerda tem outras cartas na manga, mas prefere não adiantar nenhum nome.
