O governador Mauro Mendes (União) disse em entrevista à Capital FM, na noite de sexta-feira (22), de que o fato de apoiar o governo e o projeto de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) não significa que ele não tenha críticas a algumas decisões de governo.
“Eu sou um aliado, eu não sou um alienado, eu sou parceiro, mas eu tenho o direito de pensar. Se eu discordar, também tenho o direito de falar respeitosamente. Esse também é um direito dos meus aliados. Não é porque é um parceiro do governo Mauro Mendes, que ele não pode criticar, não pode discordar em algum momento”.
Conforme o governador, se ele não concorda com algo e acha que está errado, acha justo deixar claro o posicionamento dele. Destacou ainda que nunca brigou com o Tribunal de Contas do Estado, Ministério Público, a Justiça ou a Assembleia Legislativa por questões de discordâncias.
Um dos pontos de divergências entre o governador e o governo Bolsonaro foi o pacote de benefícios, aprovados pelo Congresso, que ficou conhecido como “pacote da bondade”, que cria isenções e aumento de benefícios sociais no ano eleitoral. Apesar de não concordar, o governador diz que respeita a decisão e o direito de ser contrário à medida.
“Você não pode fazer política e nada na vida pensando em ter unanimidade. Sempre vai ter alguém discordando de você. Se essa discordância é respeitosa no campo da democracia pode, não tem problema. Nenhuma decisão minha que tomei ou pretendo tomar eu espero que seja unânime. O bom gestor é aquele que toma decisões que agrada a maioria.
Mauro diz que pretende, como pré-candidato à reeleição, debater o estado de Mato Grosso e não o plano nacional. Para ele, há temas mais urgentes para ser tratados dentro da seara estadual. Além disso, quer superar os radicalismos de esquerda e direita.
“Eu não fico preocupado com os radicais de direita, alguns radicais de esquerda. Eu não sou radical nem de direita, nem de esquerda, estou preocupado em fazer o que é certo, fazer o que é correto, usar o bem dinheiro público, gastar corretamente, gastar com honestidade, com eficiência e produzir resultado, entregar coisas para a população. E vou respeitar o eleitor do presidente do Jair Bolsonaro, respeitar o eleitor do presidente Lula e de outros presidenciáveis. Agora o meu negócio é discutir Mato Grosso”.
