A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro (PV), vai analisar um tripé de condições para decidir se será ou não candidata ao Governo de Mato Grosso após convite feito pela Federação Brasil da Esperança (PT, PV e PCdoB). Primeiro, uma consulta interna para ver realmente deseja entrar na disputa; depois ouvir a família; e, por fim, analisar a conjuntura política da possibilidade de montar um amplo arco de aliança com PP, PSD, Solidariedade, PSDB e Cidadania.
“Primeiro ponto é ela, a Márcia decidir. Não adianta eu decidir por ela. Por mais que ela seja o Emanuel Pinheiro de saia, na minha cabeça, a oportunidade de fazer o debate, mas a candidata vai ser ela, será ela, então tem que ver se ela quer. Depois ouvir a família como um todo, ouvir a questão política. PP e PSD ficam, não ficam? Tem o PSDB-Cidadania, Solidariedade, ver a reação deles”, explicou o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), na noite dessa terça-feira (26), no Palácio Alencastro.
Passar a limpo
O incentivo do marido ela terá. Apesar de negar um confronto direto com o governador Mauro Mendes (União), de quem é desafeto pessoal, Emanuel Pinheiro acredita que a candidatura de Márcia é uma oportunidade de passar a limpar o que ele categoriza como ataques injustos e perseguição, pois durante a campanha eleitoral seria possível mostrar a verdade sobre todo trabalho feito em Cuiabá.
“Se a Márcia aceitar, todos esses componentes se unirem, se formarem para criar um clima para a candidatura dela, vai ser uma candidatura por Mato Grosso, por Cuiabá, uma candidatura leve, sem baixaria, para discutir o Estado, o que a gente acredita. Nós somos muito atacados injustamente, somos muito perseguidos injustamente. É uma oportunidade para mostrar o que a gente fez, por exemplo, o que ela fez para a área social e levar para o Estado”, pontuou.
O opositor
Apesar de estar filiado a um partido que compõe a base da gestão estadual, Emanuel Pinheiro é a principal voz opositora a Mauro Mendes. Ele chegou a cogitar renunciar ao cargo de prefeito de Cuiabá para concorrer às eleições, mas recuou da ideia e decidiu se manter na administração municipal.
Contudo, ele se manteve na articulação para encontrar uma candidatura de oposição competitiva contra Mauro. O gestor chegou a trabalhar o nome do vice-prefeito de Cuiabá, José Roberto Stopa (PV), do ex-prefeito de Rondonópolis Percival Muniz (MDB) e, por último, do senador Carlos Fávaro (PSD).
Depois de todos eles declinarem, agora o prefeito incentiva a esposa, Márcia Pinheiro, a qual recebeu convite do deputado federal José Guimarães (PT), responsável pelo grupo de trabalho eleitoral do PT na Região Centro Oeste, do deputado federal Márcio Macedo (PT), que é membro da Federação e próximo ao Lula, e da presidenta da Federação Brasil da Esperança, deputada federal Gleisi Hoffmann (PT).
