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28/07/2022 às 07:40

Conduta de Paccola não se amolda ao Procedimento Operacional Padrão da Polícia Militar, diz DHPP

Segundo o MP, o parlamentar não deu chances de defesa à vítima, que foi alvejada por três tiros pelas costas

Eduarda Fernandes

Conduta de Paccola não se amolda ao Procedimento Operacional Padrão da Polícia Militar, diz DHPP

Foto: Câmara de Cuiabá

A Polícia Judiciária Civil afirma que a conduta adotada pelo vereador por Cuiabá, tenente-coronel Marcos Paccola (Republicanos), que matou a tiros o agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, 41 anos, no dia 1º deste mês, não “se amolda ao Procedimento Operacional Padrão da Polícia Militar”.

O motivo é que o parlamentar não deu chances de defesa à vítima, que foi alvejada por três tiros pelas costas. A análise pericial que consta no inquérito encaminhado ao Ministério Público Estadual (MPE) aponta que o servidor púbico não teve qualquer tipo de reação antes de ser atingido pelos disparos.

“Segundo os depoimentos testemunhais e as imagens, Marcos Eduardo Paccola, o qual estava na calçada conversando com uma das testemunhas, vai até a esquina, faz o movimento de visada, empunhando sua arma de fogo com os braços estendidos para frente, verbaliza com a vítima para largar a arma de fogo e, ao não ser atendido, efetua os disparos que resultaram em sua morte. Todavia, infere-se das imagens que a vítima em nenhum momento esboçou reação alguma, porquanto sequer viu quem ceifou sua vida”, diz trecho do inquérito.

Além das imagens das câmeras de segurança dos estabelecimentos comerciais da região onde ocorreu o homicídio, a polícia civil afirma que os depoimentos colhidos durante as investigações “se harmonizam com os fatos registrados pelas câmeras e revela ainda importantes informações sobre o ocorrido”.

“Em outras palavras, os depoimentos complementaram as imagens. Com efeito, as testemunhas foram uníssonas em revelar que a mulher citada nos depoimentos, no caso Janaína Maria Santos Cícero de Sá Caldas (namorada da vítima), passou ofender, indistintamente, mediante palavras de baixo calão, as pessoas na rua que foram ver o que estava ocorrendo e ainda as pessoas/clientes que estavam na Distribuidora Copacabana”, diz outro trecho.

Conforme o documento, as testemunhas também foram coesas em afirmar que, durante a confusão, a própria Janaína, extremamente alterada, empurra por diversas vezes o braço da vítima que tentava apaziguar a situação.

Aduzem ainda que foi a própria namorada da vítima quem o incentivou a sacar a arma de fogo que trazia na cintura a fim de intimidar as pessoas.

“Não temos dúvida de ser esse o instante em que a vítima tira a pistola da cintura, levanta o braço para cima com a arma em punho e depois recolhe o braço junto ao corpo e, ato contínuo, sai andando atrás de Janaína que já atravessava a via pública. Possivelmente, também é o momento em que populares gritaram: 'Ele está armado!’, ‘Ele vai matar ela’”.

No último dia 1º, Paccola matou o agente socioeducativo com três tiros, após presenciar uma confusão nas proximidades do restaurante Choppão, em Cuiabá.
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