A fim de evitar que a primeira-dama Marcia Pinheiro (PV) deixe a primeira suplência de sua coligação rumo ao Senado Federal, o deputado federal Neri Geller (PP) parece ter entrado de cabeça no projeto da Federação Brasil da Esperança (PT, PV e PcdoB), de lançar uma candidatura de oposição ao governador Mauro Mendes (União) no pleito deste ano.
A informação é do deputado estadual Valdir Barranco (PT), presidente do PT em Mato Grosso. Segundo ele, o progressista se comprometeu a encontrar um nome para encabeçar uma chapa ao Governo do Estado.
Isso, porque Neri não quer abrir mão de que a primeira-dama se mantenha na primeira suplência de sua coligação e, com isso, não aceite concorrer ao comando do Palácio Paiaguás.
“Não mudou nada de ontem para hoje, continuamos com o convite para Márcia concorrer ao Governo e buscando uma alternativa para a suplência do Neri. Mas, o Neri está buscando construir alternativas para o Governo. Isso foi bom, avançou bastante porque agora ele está empenhado buscando alternativas ao Governo, pois não quer abrir mão da Márcia na suplência”, explicou Barranco à imprensa, na manhã desta quinta-feira (28), após uma reunião no Palácio Alencastro.
Agora, se o congressista e os demais membros do grupo de esquerda não encontrarem um nome com capilaridade para disputar o Governo do Estado contra o atual governador, Márcia deverá representar a Federação na eleição majoritária.
“Se a gente encontrar um candidato ao Governo a altura, porque a agora o Neri entrou forte nesse pleito também, não tem problema nenhum, ela [Márcia] continua na suplência. O compromisso do Neri é ajudar a construir o Governo para manter a Márcia na primeira-suplência. Caso contrário, ela entra para o Governo”, completou.
O grupo deve voltar a se reunir ainda hoje para dar continuidade a essas tratativas. O motivo é que resta apenas uma semana para o final do prazo para realização das convenções partidárias, ocasião em que são homologadas as candidaturas.
Isso representa que as arestas foram aparadas. Na noite de ontem (27), Neri e o grupo de esquerda pareciam não estar falando a mesma língua. Enquanto o parlamentar colocava o seu projeto ao Senado como prioridade do grupo, Barranco era enfático ao dizer que a Federação não abria mão da candidatura ao Governo.
