Uma criança de 3 anos foi internada no Hospital Regional de Colíder na noite do dia 21 de agosto, após dar entrada na unidade de saúde com a genitália mutilada e sinais de abuso físico. A suspeita é de que o padrasto, que está foragido, teria cometido o crime.
Conforme informado pelo delegado titular da Delegacia de Polícia Judiciária Civil (PJC) de Colíder, Breno Houly, a vítima passou por cirurgia de reconstrução peniana e o quadro do menino está estável. A ação corre na Vara da Infância, através da qual já foi determinado afastamento provisório da guarda da mãe e do padrasto. Ambos são usuários de drogas.
A vítima estava com a área ao redor do pênis com um “corte perfeito”, disse Houly, o que leva a crer que tenha sido cometido propositalmente, por meio de um objeto como anel peniano ou cortador de charuto.
Havia a possibilidade da criança ter sido mordida por cachorro, mas não tinha sinais de furos ou rasgos em sua cueca e calção. O menino deu entrada no hospital com intenso sangramento, porém não apresentava reação à dor, além de estar com a pupila dilatada. Há também a suspeita de que ele possa ter sido drogado, uma vez que os responsáveis fazem uso de entorpecentes.
A mãe da vítima já prestou depoimento na delegacia e afirmou ter saído de casa na quinta-feira (21), dia do crime, e deixado o filho com o abusador. Conforme relatado pela mulher, ela teria ido realizar um procedimento odontológico, o qual foi confirmado pela clínica.
O suspeito, padrasto da criança, também foi intimado para prestar depoimento nessa segunda-feira (25), porém teria fugido ainda na sexta-feira (22), um dia após o crime. O homem não é nascido em Mato Grosso. O irmão do suspeito compareceu até a delegacia, mas afirmou não saber de seu paradeiro.
Conforme o delegado responsável pelo caso, a mãe da criança, a princípio, não irá ser indiciada. Porém a situação pode mudar, caso seja constatado que o ferimento na nuca do menino, de queimadura de cigarro, é antigo.
O delegado já solicitou a perícia na criança e informou que após o laudo o suspeito poderá ser indiciado por tortura e eventual estupro de vulnerável.
