Mato Grosso precisa de um representante no Senado que goste e tenha compromisso com as pessoas, com uma atuação voltada ao social. Essa foi a tônica do discurso da médica Natasha Slhessarenko (PSB), durante a convenção que a homologou candidata a senadora, na manhã de sábado (30), no qual ela escolheu o caminho inverso dos outros pré-candidatos, focados nas agendas de segmentos produtivos, e focou nas pessoas e nos problemas sociais do estado.
"Não dá para a gente ficar inerte, não dá para nos silenciarmos frente a fome que acomete 33 milhões de brasileiros e como já foi dito aqui o nosso estado é o primeiro produtor de soja, algodão, milho e carne do mundo. Não dá para a gente simplesmente fechar os olhos e achar que isso não está acontecendo. Não dá também para não olhar para mais de 10 milhões de desempregados. Além da insegurança alimentar, temos desempregados", disse Natasha.
Vitória sobre a pressão para recuar
Durante o discurso, Natasha celebrou que o PSB em Mato Grosso sustentou a única candidatura majoritária na sigla no país. Durante várias semanas, foi ventilada a hipótese da candidatura de Natasha ser rifada pela sigla e utilizada como moeda de troca para obtenção de benefícios frente a outros partidos.
Em vários momentos, foi especulado que a Federação Brasil da Esperança (PT, PV e PCdoB), bem como o pré-candidato ao Senado do PP, o deputado federal Neri Geller, representante do agronegócio, fariam amarrações através de Brasília para forçar um recuo de Natasha. Contudo, no dia que foi plantada a notícia em várias redações sobre um possível recuo dela, a médica gravou um vídeo ao lado do presidente nacional da sigla, Carlos Siqueira, no qual reafirmou ser candidata ao Senado pelo PSB.
"Não foi fácil chegar até aqui. Nós não nos rendemos, nós não nos curvamos e vamos participar dessa disputa eleitoral. (...) Eu tenho compromisso com a nossa gente. (...) Estamos aqui para defender os mais necessitados, os desvalidos, os desesperançados, homens e mulheres de Mato Grosso e do Brasil. Quero aqui dizer que precisamos colocar no Senado da República pessoas que gostam de gente. Quem tem as pessoas em primeiro lugar na sua vida. As pessoas ainda continuam sem fôlego para colocar comida na mesa, para colocar combustível no carro, no caminhão, as pessoas continuam sem remédio para comprar remédio, as pessoas continuam sem uma saúde de qualidade", asseverou.
Com isso, Natasha deu a tônica de que deve fazer uma campanha focada no social, com o DNA herdado da sua mãe, a ex-senadora Serys Slhessarenko, que também foi homologada candidata a deputada federal.
