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Notícias / Política

14/08/2022 às 17:30

Mauro critica lei penal brasileira no combate ao crime organizado no estado

Segundo o governador, muitos policiais reclamam que prendem os criminosos e uma hora depois ele já é solto em audiência de custódia

Paulo Henrique Fanaia

Mauro critica lei penal brasileira no combate ao crime organizado no estado

Foto: Mayke Toscano

Ao comentar o aumento da onda de crimes violentos ocorridos no estado de Mato Grosso, com destaque para os municípios de Sorriso (418 km de Cuiabá) e Cáceres (212 km de Cuiabá), o governador Mauro Mendes criticou a legislação penal brasileira que, de acordo com ele, dificulta o trabalho da polícia e relaxa as penas concedidas aos criminosos. A declaração foi dada na manhã dessa sexta-feira (12) durante a rodada de entrevistas dos candidatos ao governo do estado.
 
De acordo com Mauro, embora o Governo Estadual esteja investindo na Polícia Militar e na Polícia Civil, os criminosos são beneficiados pela lei brasileira. O governador ainda cita como exemplo a nova ala de segurança máxima construída no Presídio Central do Estado (PCE), onde os diretores do presídio ficam impossibilitados de colocar os detentos em solitárias.
 
“Vivo ouvindo os policiais reclamarem que eles prendem os bandidos, estão na delegacia fazendo o boletim de ocorrência enquanto, uma hora depois, o bandido sai da cadeia por causa da audiência de custódia. (...) Construímos uma prisão de segurança máxima com celas individuais, para líder faccionado, mas a lei nos engessa. Você coloca ele lá, vem o advogado e representa o diretor da cadeia e quer processar ele porque tá colocando o cara na solitária”, disse o governador.
 
Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (Sesp), somente em Cáceres, o aumento do número de assassinatos foi de 333% entre os meses de janeiro a junho deste ano. Diante do aumento de casos, o secretário de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, reconheceu que a região passava por uma ‘onda de violência’.
 
Os deputados estaduais Delegado Claudinei (PL) e João Batista (PP), representantes da segurança pública na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, vem criticando a atuação tanto do Governo Federal como do Governo Estadual nas cidades de fronteira do estado.
 
Para Mauro, caso não haja uma mudança rigorosa na lei penal, não há como o estado e os municípios combaterem com firmeza a criminalidade. Ele reconhece as demandas feitas pelos deputados, mas lembra que a Assembleia Legiuslativa de Mato Grosso não tem o poder de legislar sobre temas criminais.
 
“Essa história das facções criminosas se não houver uma mudança radical na lei brasileira, não é o Governo Estadual nem a Assembleia Legislativa que faz lei sobre isso, é o Congresso Nacional. Algumas cidades já foram perdidas pelo crime organizado, o Rio de Janeiro é uma delas. Tem que mudar muito a lei brasileira porque aí vamos poder pegar esses bandidos”, comenta o governador.
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