Os alvos são investigados por homicídios, tortura e tráfico de drogas. De acordo com o delegado da PF, Antônio Flávio Rocha Freire, o motivo do aumento da criminalidade foi peculiar: alguns integrantes de uma facção não estavam mais de acordo com as decisões tomadas pelas lideranças do grupo.
As lideranças ordenaram a morte de alguns integrantes sem qualquer tipo de embasamento no próprio ‘código de conduta’ da facção. Isso gerou a revolta de alguns dos ‘faccionados’.
“Há uma facção que predomina no estado. Alguns dos criminosos estariam discordando as atitudes das lideranças que decretavam a morte de integrantes sem provas suficientes ou cabais para ser um desvio de conduta da facção. Eles se retiraram da facção e montaram um novo grupo que passou a ser rival”, explicou o delegado.
O resultado do ‘racha’ da facção impactou diretamente no aumento da criminalidade em Sorriso e até em cidades vizinhas, como Sinop. O delegado não descarta que algumas das pessoas assassinadas podem ter sido mortas por engano.
“Começou uma guerra entre eles. Um tentava matar o outro. Uma ação de homicídio resultava no homicídio do outro lado. As ordens para matar partiam tanto de dentro dos presídios quanto fora deles”, declarou Freire.
As lideranças das duas facções foram presas. Uma delas, uma mulher, estava escondida em Macaé, no Rio de Janeiro. O marido dela também foi preso no bairro Recreio, em solo carioca. A liderança da facção rival estava em Tangará da Serra.
“Por ser foragida de Mato Grosso e também por sofrer ameaças, essa mulher estava vivendo em Macaé com nome e documentos falsos”, explicou o delegado.
Os policiais cumpriram 38 prisões e 33 buscas domiciliares em Sorriso, Marcelândia, Guarantã do Norte, Tangará da Serra e Várzea Grande, além da liderança no Rio de Janeiro.
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