O governador Mauro Mendes (União) garante que as obras do Ônibus de Transporte Rápido (BRT) independem do ressarcimento da compra dos vagões, solicitado pelo governo do Estado ao Consórcio VLT via ação judicial. O chefe do Executivo estadual garante que tem o dinheiro em caixa para arcar com todas as despesas da implantação do novo modal.
Ao todo, a obra de mobilidade é orçada em R$ 468 milhões. “As obras serão tocadas com 100% de recursos do governo do Estado, e não existe vinculação com esse ressarcimento, que depende da tramitação desse processo na justiça”, enfatizou.
Mendes, inclusive, afirma que pretende solicitar uma maior atenção do Judiciário para essa ação de ressarcimento, que foi impetrada pela Procuradoria Geral do Estado (PGE) no ano de 2010.
“Infelizmente, isso demora algum tempo, mas o governo já tomou essa providência em 2020, vamos pedir à Justiça a celeridade, face esse prejuízo gigantesco causado a população de Mato Grosso. Mas o dinheiro do BRT será 100% do governo e nós já temos ele disponível”, completou.
Na ação, o governo pede o ressarcimento de mais de R$ 830 milhões do Consórcio VLT, composto pelas empresas CR Almeida, CAF Brasil, Santa Bárbara Construções, Magna Engenharia e Astep Engenharia.
Do total solicitado em ressarcimento, R$ 676,8 milhões são por danos materiais em razão dos pagamentos ao Consórcio para a obra que nunca foi entregue; outros R$ 147,7 milhões por danos morais coletivos; e mais a recomposição de R$ 6,4 milhões que o Estado gastou na contratação de consultorias técnicas para proporem uma solução ao Veículo Leve Sobre Trilhos.
Desde que ingressou na justiça, diversos boatos surgiram com relação à suposta venda dos vagões por parte do Executivo. Mendes garante que o governo do Estado nunca negociou os equipamentos.
“Existe uma ação do Governo dizendo que isso não é nosso, que nós queremos o dinheiro de volta. Se eles quiserem vender, pode vender, mas não é o governo do Estado de Mato Grosso que vai colocar uma pastinha debaixo do braço e sair vendendo isso, porque isso na mão do governo deprecia muito, portanto seria uma incoerência dizer que o governo está vendendo”, finalizou.
