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Notícias / Política

02/09/2022 às 16:22

Município nega descumprimento de ordens judiciais e ataca médicos e MPE

Para o emedebista, trata-se de uma medida eleitoreira que visa atingir a sua administração frente ao Palácio Alencastro

Da Redação - Kamila Arruda / Da Reportagem Local - Gabriella Arantes

Município nega descumprimento de ordens judiciais e ataca médicos e MPE

Foto: Gabriella Arantes / Leiagora

O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) disparou a metralhadora contra o Ministério Público Estadual (MPE) e o Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed/MT) devido ao pedido de intervenção na Saúde da Capital e a greve dos médicos, que está marcada para começar na segunda-feira (5).

Para o emedebista, trata-se de uma medida eleitoreira que visa atingir a sua administração frente ao Palácio Alencastro e, assim, prejudicar a campanha de sua esposa, a primeira-dama Márcia Pinheiro (PV), candidata ao governo do Estado.

“Quando eu cobro deles [médicos] que eles trabalhem, eles começam a fazer uma reação, montada casada, joguinho montado. Claramente um combinado, em virtude do mês eleitoral, entre o Sindicado dos Médicos e o procurador-geral de justiça de Mato Grosso”, disse o chefe do Executivo Municipal.

Nessa quinta-feira (1º), o Ministério Público atendeu a um pedido do Sindimed e ingressou com Pedido de Intervenção na área da saúde no município de Cuiabá. O pedido tem como base uma série de decisões judiciais na área da saúde.

“Uma instituição seríssima, acima de qualquer suspeita, mas que na gestão do atual procurador-geral de Justiça vem servindo de todos os meios e formas o atual governo do Estado e, com isso, buscando atacar minha gestão. Estão tentando plantar um caos que não existe, quando, na verdade, quem carrega a saúde do Estado é Cuiabá”, comentou, citando que o Sindicato dos Médicos também tem atuado de forma eleitoreira.

“Esse grupo de médicos age a mando politicamente do grupo político atual do estado de Mato Grosso. Esse grupo não tem legitimidade, porque não quer trabalhar. São incapazes de produzir, veem os serviço público como bico e não como uma missão. [...] O que mais me indigna é que tudo isso tem o apoio do procurador-geral de justiça. A atual gestão está constrangendo a instituição mais séria de Mato Grosso, que é o Ministério Público”, completou.

Vale lembrar que, a categoria já declarou, inclusive, estado de greve. A partir de segunda-feira (5), os médicos paralisam as atividades por tempo indeterminado.

“Irresponsabilidade, leviandade de um grupinho do Sindicato dos Médicos. Mato Grosso tem quase 14 mil médicos e apenas 10 deviam estar lá no dia da Assembleia Geral. É uma diretoria sem representatividade, que tem como cabeça uma pessoa parceira do ócio, que não gosta de trabalhar, não gosta de fazer nada, é preguiçoso, não trabalha, não produz. Por isso, foi para a vida sindical”, finalizou.

Conforme o procurador-geral adjunto do município, Alisson Akerley, todos os pontos alegados pelo Ministério Público no pedido de intervenção serão rebatidos.


“Não há descumprimento voluntário por parte do município. Em todas essas ações citadas, o município tem se manifestado e mostrado as ações que são necessárias para o cumprimento das decisões”, disse.

Ele cita como exemplo a ação civil pública que determinou que a Capital realize concurso público para a saúde. “Essa é uma situação que vem sendo debatida há tempos e nós temos comprovado nos autos, informando todos os passos, ações e atos que estão sendo feitos para a realização desse concurso”, colocou.

Diante disso, ele afirma que os argumentos apresentados pelo Ministério Público são infundados e inverídicos. “Vamos demonstrar que não há descumprimento judicial para fundamentar um pedido de intervenção. Não há inércia do município de Cuiabá de cumprir as decisões judiciais. Todas as ações estão instruídas. Isso é irrazoável e desproporcional”, finalizou.

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