Cuiabá, sábado, 27/04/2024
18:17:53
informe o texto

Notícias / Política

05/10/2022 às 09:00

Veja votos | Paccola é cassado por quebra de decoro pelo homicídio de servidor público

Vereador é alvo de processo disciplinar por ter matado um servidor público a tiros no meio da rua

Da Redação - Paulo Henrique Fanaia e Jardel P. Arruda / Da Reportagem Local - Kamila Arruda

Veja votos | Paccola é cassado por quebra de decoro pelo homicídio de servidor público

Foto: Reprodução


Após dois anos, a Câmara de Cuiabá volta a apreciar um processo de cassação. Desta vez, quem está no centro dos holofotes é o vereador tenente-coronel Marcos Paccola (Republicanos), que em 1º de julho deste ano matou com três tiros o agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, de 41 anos, na Capital. O pedido de cassação foi protocolado dias depois do crime pela vereadora Edna Sampaio (PT) e será votado nesta quarta-feira (5).
 
Muita coisa aconteceu desde o protocolo de pedido de cassação. Várias foram as manifestações de familiares e amigos de Miyagawa que pediam o afastamento e o julgamento célere de Paccola da Casa de Leis.

Outros manifestantes, desta vez convocados pelo próprio parlamentar investigado pelo crime e autodenominados de “O Exército dos 300”, manifestaram apoio à permanência do ex-policial.
 
Atualmente, o vereador é réu por homicídio qualificado. Ele chegou a tentar se eleger deputado estadual por Mato Grosso, mas não obteve sucesso.
 
Inicialmente, o processo de cassação era para ter sido votado no Plenário da Câmara na semana passada, porém, devido às eleições que aconteceram no domingo (2), o presidente da Câmara, Juca do Guaraná Filho (MDB) entendeu por bem adiar a votação para esta quarta. Agora, 13 votos favoráveis podem decidir o destino político do vereador.
 
Para você ficar por dentro de tudo que está acontecendo na Casa de Leis, o Leiagora te atualiza minuto a minuto o processo de cassação.
 
Acompanhe aqui:

14h18 - Fim da cobertura em tempo real. Fique atento às outras matérias.

14h17 - Vidal é surpreendido no corredor dos gabinetes na Câmara pelo mesmo homem que gritou com ele anteriormente, supostamente um servidor do gabinete de Marcos Paccola. Com a chegada dos policiais, a confusão dispersou.

14h10 - Apoiadores e contrários ao vereador Paccola dispersaram sem nenhuma outra ocorrência registrada dentro da Câmara.

14h09 - Os vereadores Lilo Pinheiro e Demilson sairam discutindo do plenário.

14h08 - Policiais militares estão no corredor da Câmara para garantir a segurança. 

14h05 - Apoiadores de Paccola reclamam da decisão. Durante a votação, uma deles gritou contra o vereador sargento Vidal após ele anunciar foto pela cassação. O vereador chegou a subir na galeria para tirar satisfação. Após a confirmação da cassação, o mesmo servidor foi para os corredores da casa gritar em protesto.

13h57 - Veja como votaram os vereadores:

Votaram sim:
Adevair Cabral
Chico 200
Dr Licínio
Ricardo Saad
Edna Sampaio
Juca do Guaraná
Kássio Coelho
Lilo Pinheiro
Marcus Brito
Mário Nadaf
Rodrigo Sá  
Sargento Vidal
Kero Kero
 
Votaram não:
Demilson
Paulo Peixe
Renato Mota
Sargento Joelson
Marcos Paccola
 
Abstenções:
Luiz Fernando
Felipe Corrêa
Michelly Alencar
 
Ausentes:
Didimo Vovô
Marcrean Santos
Paulo Henrique
Cezinha Nascimento


13h54 - “Com alguns aqui eu não me decepcionei, vereador Lilo Pinheiro, vereador Vidal, vereador Rodrigo eu Sá, eu me desapontei, porque eu não acreditava que fazem parte da maior organização criminosa de Cuiabá. E eu vou provar um por um, inclusive você, senhor presidente”, afirma Paccola, após a votação.

13h51 - Com o mínimo necessário, 13 votos pela cassação, 5 contrários e 3 abstenção e quatro ausências, Paccola é cassado.

13h47 - Começa a votação da cassação

13h45 - Parecer aprovado: 14 votos sim, 5 votos não, 2 votos de abstenção e 4 ausências

13h41 - Votação nominal iniciada do parecer da Comissão de Ética

13h42 - De acordo com ele, o ideal seria que todos os vereadores se abstenham da votação, visto que o processo judicial ainda não acabou.

13h40 - Paccola acredita que é perseguido pelo MP e pela Polícia Civil por ter se colocado contra operação que prendeu mais de 80 PMs, os quais depois foram soltos.

13h35 -  “Esse fato foi narrado por uma escrota atuação do Ministério Público e da Delegacia de Homicídio e Proteção a Pessoas (DHPP)”, afirma Paccola, para justificar o fato de ter sido indiciado por homicídio qualificado pela Polícia Civil e denunciado pelo Ministério Público à Justiça.


13h23 - Paccola também reclama da diferença dos vereadores na forma de conduzir este processo ao qual ele responde e outros que ele propôs, contra o prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB), por exemplo. O vereador observa que no caso dele, há uma tentativa de julgá-lo sem que o processo na Justiça tenha sido concluído. Já quando o chefe do Executivo municipal foi alvo, o inverso foi argumentado.

13h19 - Dentre as nulidades que o parlamentar aponta sobre o trâmite do processo, um é relativo à cobertura da imprensa local sobre o homicídio. Paccola reclama que diante de notícias sobre a morte de Alexandre, a população pode ser direcionada a pensar dessa ou daquela forma.

13h17 - O alvo do processo disciplinar reclama novamente que as testemunhas que indicou não foram ouvidas, e aponta que houve extrapolamento de prazos, o que, segundo Paccola, fará com que o ato seja anulado na Justiça, caso o entendimento da Câmara seja pela cassação.

13h14 - Agora, Paccola parte para leitura de trecho do parecer jurídico que pede que alguns requisitos sejam preenchidos para aplicação de penalidade, e aponta que não foram completamente atendidos, tais como: natureza, gravidade da infração cometida, danos à Câmara, circunstâncias ou atenuantes, e antecedentes do infrator. "Eu não vi essas considerações aqui", comenta.

13h11 - Paccola cita outras situações em que Alexandre teria colocado a vida de pessoas em risco ao sacar a arma, motivo pelo qual observa uma "incapacidade técnica" do agente em portar arma de fogo.

13h09 - O vereador menciona a quebra de sigilo telefônico que lhe foi imposta e destaca sua idoneidade, integridade e moral” por ter tido a tranquilidade de, durante a busca e apreensão, ter entregue o aparelho celular e fornecer a senha.


13h05 - Ainda citando o depoimento da companheira de Alexandre, Paccola lê que teria sido o agente a pessoa a “chamar para a briga” as pessoas ao redor, e que a viúva teria tentado impedi-lo. Segundo a leitura do vereador, a mulher também negou ter visto Alexandre sacar a arma da cintura. Ela se lembra apenas de ter virado de costa e depois ouviu os tiros que tiraram a vida de Alexandre.

Paccola diz que em consideração à família não irá mostrar imagens das câmeras de segurança que mostram a morte de Alexandre, nem as imagens do laudo de necrópsia. E então reforça sua tese de que, pelo ângulo de entrada e saída dos disparos, fica evidente que Alexandre tinha feito menção de se virar.


13h00 - Ele também cita trechos do depoimento da viúva para desabonar o comportamento de Alexandre. 

A família de Alexandre grita na galeria pedindo por respeito. O presidente Juca do Guaraná, por mais de uma vez, precisa pedir por silêncio.


12h55 - Paccola utiliza informações do processo para sustentar a defesa, inclusive lendo imagens das conversas de Alexandre com a viúva, para alegar que a vítima ficava desconfortável com o excesso de uso de bebida alcoólica dela.

12h43 - O vereadora recupera vários depoimentos de testemunhas da morte de Alexandre, inclusive o da viúva.

12h35 - Paccola afirma que quando se trata da vida de inocentes, não se pode ouvir especialistas em segurança pública que nunca estiveram na linha de frente da segurança pública.

12h25 - Após o presidente da Casa, Juca do Guaraná, pedir ao cerimonial para convocar os outros vereadores e eles retornarem, a defesa retoma de onde havia parado.

12h24 - A defesa é interrompida pela falta de quórum. Vários vereadores deixaram o plenário enquanto Paccola lia a defesa.


12h23 - O vereador ressalta que o policial tem o dever de agir, enquanto o cidadão tem a possibilidade do direito de defesa, conforme os vários estudos lido por ele dizem.

12h17 - Paccola agora explica, citando estudos, que a doutrina fala justamente sobre a necessidade de neutralizar agressores com arma de fogo em mão, sem existir uma regra sobre quantos tiros devem ser desferidos, mas sim a importância da certeza da impossibilidade de um eventual agressor disparar.

12h12 - Para ele, trata-se de “bandidolatria” a crença de que o policial militar tem a obrigação de prender e levar a julgamento, podendo reagir somente em situação que foi ferido.


12h09 - Na trasnmissão ao vivo da sessão extraordinária pelo Youtube, apoiadores de Paccola e pessoas favoráveis à cassação dele discutem nos comentários.

12h05 - O vereador, que é alvo do processo disciplinar, fala sobre o tempo necessário para reagir, com foco no tempo para apertar o gatilho da arma, de girar o tronco do corpo, erguer a arma, entre outros detalhes técnicos. O objetivo é constatar que ele não poderia esperar a reação de Alexandre.

12h01 - Agora Paccola foca em dar explicações técnicas sobre a doutrina do confronto armado, velocidade de reação e treinamento de tiro. Ele cita doutrinadores do tema para ressaltar que o policial precisa agir antes de outra pessoa disparar, porque, caso contrário, será alvejado.

11h58 - O vereador volta a dizer que, se for cassado, retornará à Câmara. "E volto com o único objetivo de entender porque algunas votaram diferente de suas convicções", afirma, ao deixar subentendido que vereadores irão voltar por cassar o mandato dele por algum movito obscuro.

11h56 - Agora o vereador afirma que o resultado do julgamento pode, também, abrir um precedente porque não houve nenhuma violação ao decoro. Ele também reclama do fato de testemunhas nomeadas por ele não terem sido ouvidas na Comissão de Ética, apesar de não terem relação com o caso específico da morte de Alexandre.

“Elas eram testemunhas de conduta, porque o processo é sobre isso", afirma Marcos Paccola.



11h52 - "Nessa decisão tomada hoje, os senhores vão mandar um recado para todos os policiais. Cada um dos senhores estão dizendo qual a postura que vocês desejam desses policiais no seu momento de folga. E amanhã, Paulo Peixe, pode ser a sua esposa, pode ser seu filho, por ser alguém da sua família que vai precisar e o policial vai fingir que não vê”, alega Paccola.

11h50 - O vereador afirma ainda que o Brasil passa por uma crise moral, na qual se cobra a ação, mas se pune o resultado dela. Ele ressalta a situação dos policiais, que não recebem adicional por periculosidade, trabalham 17,5% a mais que outros servidores

“O julgamento é dizer se aceitam ou não pelo que os policiais passam na rua”, assevera Paccola. Ele transforma o julgamento da ação dele em um julgamento de toda a categoria dos policiais militares.



11h46 - Paccola afirma que o processo disciplinar está marcado por perdas de prazo e, mesmo que ele seja cassado, estará de volta à Câmara de Vereadores. “Os senhores sabem disso”, afirmou, se dirigindo aos colegas parlamentares.

11h45 - Ao falar sobre o dia do homicídio de Alexandre, Paccola alega que a junção da pessoa com quem Alexandre convivia, o consumo de álcool e a falta de experiência da vítima estar com arma de fogo, resultou no “final trágico”.

“Na minha concepção, na minha cabeça, não havia possibilidade de certeza de que ele não mataria ela”, argumento.


11h40 - Paccola afirma que, assim como no dia que matou Alexandre, ele já fez várias outras intervenções em situações de rua desde quando assumiu mandato parlamentar, porém essas não ganharam repercussão.

11h39 - Confira a lista dos ausentes:

Paulo Henrique
Marcrean Santos
Didimo Vovô

Cezinha nascimento

11h38 - Após passar aproximadamente 7 minutos falando do próprio currículo, Paccola agora foca em dizer aos vereadores que eles estão julgando se ele tem honra o suficiente para continuar parlamentar.

11h35 - Atualização na lista dos 21 presentes:

Adevair Cabral
Kássio Coelho
Sargento Joelson
Sargento Vidal
Wilson Kero Kero
Chico 2000
Marcos Paccola
Paulo Peixe 
Dr. Licinho 
Renato Motta 
Edna Sampaio
Lilo Pinheiro
Demilson Nogueira
Michelly Alencar
Juca do Guaraná Filho
Mário Nadaf
Ricardo Saad
Rodrigo Arruda
Felipe Correa
Luiz Fernando


11h32 -  A família da vítima havia, antes, manifestado apoio a fala de Edna Sampaio e gritado pedindo por justiça.

11h30 - Antes de Paccola começar a falar, a família da vítima fatal dos tiros do vereador o vaiou. 

11h29 - Paccola chora enquanto fala que este julgamento é mais difícil para ele do que o jurídico, justamente por não se tratar da culpabilidade, mas do decoro. “Peço que os senhores coloquem a mão na consciência. Vocês não estão aqui para fazer um julgamento pelo que falou a senhora Edna. [...] Quando ela cita as cassações que já aconteceram, como a do Lutero, do João Emanuel e do Ralf (Leite), todas elas têm clareza do vínculo com a atividade parlamentar”, ressaltou.

O vereador afirma que ele está sendo julgado por ter realizado o dever de agir. Então começa a ler o currículo militar, formação, setores da PM no qual trabalhou e cursos realizados.



11h24 - Marcos Paccola inicia o pronunciamento se dirigindo à família de Alexandre. “Em momento algum eu me senti feliz ou satisfeito com o resultado, se tratando de um colega de profissão principalmente”, começa. 

Em seguida, ele diz que tudo foi causado por falta de conhecimento técnico, envolvimento de álcool. Ele reclama, inclusive, que a ex-convivente de Alexandre, que teve participação para o que ele chamou de “final trágico de Alexandre”. 

Depois, Paccola passa a dizer que também tem chorado, que também tem mãe e que, se não tivesse tomado aquela decisão, quem não estaria na Câmara seria ele mesmo. “Em uma situação com duas pessoas com arma de fogo, dificilmente se tem um resultado diferente do que aconteceu”, completou.

O vereador começa a relembrar casos em que outros policiais mataram pessoas, inclusive outros policiais, diante de cenários de crimes. 

“Não quero benevolência. Não quero que os senhores façam essa votação para me ajudar, não quero que façam essa votação para me prejudicar, não quero que façam por influência de A ou de B. Todos convivem aqui por pelo menos um ano e oito mese”, afirma, enquanto chora.



11h19 - Vai começar a defesa oral de Paccola. Ele terá o tempo que achar necessário para falar, a fim de garantir a ampla defesa. A vereadora Edna Sampaio questiona a falta de um limite de tempo, mas o presidente Juca do Guaraná reforça a necessidade do contráditorio ser garantido em toda amplitude.

11h18 - Felipe Correa declara que irá se abster da votação. Ele lembra que é suplente direto de Paccola e que, em caso de cassação, assumiria o mandato e isso causa suspeição. 

“Minha mãe me dizia, filho, seja limpinho. Eu, neste momento, entendo que estou nessa cadeira como julgador, não legislador. Eu entendo que estou impedido de julgar alguém que posso substituir”, explica.

O vereador Felipe diz que os eleitores dele, em maioria de 60%, pediram para ele votar a favor da cassação, mas que é antiético ele votar dessa forma, porque seria beneficiado diretamente pelo voto. “Fui eleito para não fugir e por isso estou aqui deixando clara a minha situação”, disse.


11h13 - Edna Sampaio faz uma pequena participação para lembrar que o decoro parlamentar não se resume ao que um vereador faz dentro da Câmara, mas em qualquer situação.

11h12 - Agora quem fala é o vereador Renato Motta. Ele abre o pronunciamento dizendo que não importa a decisão, ninguém irá agradar a todos. 

“Gostaria muito de invocar a presença do Espírito Santo de Deus e que os anjos da guarda estejam com cada um de nós. Que nós vereadores possamos saia daqui com a consciência tranquila e não sejamos motivados pelas coisas do mundo, mas pelo que trazemos no nosso coração”, afirma, para então começar a falar sobre os autos do processo.

De acordo com Renato, o decoro é sobre o exercício do mandato e que o vereador não estava no exercício do mandato quando matou Alexandre. De acordo com ele, o caso tem efeito criminal, mas não de decoro parlamentar.

“Tem que ter coragem para assumir uma posição”, reitera. De acordo com ele, Paccola, por ser membro da Polícia Militar, tem o dever de agir, diferente de todos os outros vereadores, em situações delituosas. “Se ele não tivesse agido, seria processado por omissão”, alega.

Para ele, a Câmara só poderia cassar o mandato de Paccola após uma condenação na Justiça. “O vereador pode ser inocentado”, diz.



11h05 - Familiares de Alexandre gritam em apoio à fala da vereadora, enquanto os apoiadores de Paccola se manifestam de forma contrária.

11h04 - Edna abre o pronunciamento com uma saudação à família de Alexandre, que foi morto por Marcos Paccola. Ela afirma que quem está em julgamento não é o vereador alvo do processo de cassação, mas sim a Câmara de Cuiabá. 

Ela ressalta que a Casa de Leis não pode admitir como vereador uma pessoa que matou outra. “Se está casa não cassar o mandato do vereador Marcos Paccola, não por ele, não pela pessoa dele, a quem eu respeito e sempre tive uma relação de cordialidade, mas é o fato”, disse.

“Se esta Casa hoje não aprovar a cassação do mandato, (...) esta Casa será julgada não só pela população de Mato Grosso, mas de todo o Brasil, pois não se enganem, qualquer decisão terá repercussão nacional”, pontua.

A vereadora relembra os vários casos de cassação que já aconteceram na Câmara de Cuiabá e ressalta que nenhum deles foi alvo de processo disciplinar por uma situação como um homicídio. “Não há honra ou coragem quando se atira pelas costas”, afirma Edna.

Ela lembra que Paccola escolheu não apresentar defesa durante o processo disciplinar e foca na luta por não banalizar o direito à vida. 

A vereadora lembra que  inquérito policial, que ouviu todas as testemunhas do homicídio, concluiu por homicídio qualificado, sem direito à defesa da vítima, morta com tiros nas e pelas costas. “Não há como alegar legítima defesa”, ressalta. Ela relembra que a vítima era um servidor público que nunca teve passagem pela polícia. “Não podemos sair dessa sessão com a sensação de impunidade”, completa.



10h55 - Edna será a primeira a uasr a fala, apesar dela solicitar ser a última dos 3. O presidente Juca do Guaraná justifica que isso se dá pela ordem da inscrição.

10h54 - Se inscrevem para uso da fala a vereadora  Edna Sampaio, o vereador Renato Motta e o vereador Felipe Correa.

10h52 - Termina leitura das peças. Paccola solicita para ficar por ultimo a falar, deixando outros vereadores se manifestarem antes dele apresentar defesa oral. 

10h46 - Agora são 20 os vereadores no plenário da Câmara. Com isso, muda a tendência e Paccola pode perder o mandato em uma votação apertada.

Lista dos presentes:

Adevair Cabral
Kássio Coelho
Sargento Joelson
Sargento Vidal
Wilson Kero Kero
Chico 2000
Marcos Paccola
Paulo Peixe 
Dr. Licinho 
Renato Motta 
Edna Sampaio
Lilo Pinheiro
Demilson Nogueira
Michelly Alencar
Juca do Guaraná Filho
Mário Nadaf
Ricardo Saad
Rodrigo Arruda
Felipe Correa
Luiz Fernando


10h42 - Chega o vereador Luiz Fernando. 

10h36 - Após a OAB declinar de indicar um advogado para Paccola, a Câmara indicou o secretário de Apoio Legislativo Câmara de Cuiabá, Eronildes Dias da Luz, como defensor dativo.

10h32 - A Câmara de Vereadores precisou apresentar o defensor dativo para produzir a defesa administrativa de Paccola. Inicialmente, a Casa de Leis solicitou a OAB um defensor, mas a instituição se recusou a participar do processo.

10h30 - Durante o processo, Paccola não apresentou defesa, com objetivo de alongar ao máximo os prazos. Com isso, ele garantiu disputar a eleição sem a conclusão deste processo.

10h24 - Felipe chegou a abrir uma consulta aos seus eleitores nas redes sociais, há uma semana. Talvez, após esse contato com a base, ele tenha tomado uma decisão diferente.

10h23 - O vereador em exercício Felipe Correa, que semana passado havia avisado que iria se abster da votação, chega ao plenário. Ele é suplente de Paccola e, no caso da cassação se confirmar, ele assume o mandato.

10h20 - Após a leitura das peças, Paccola fará defesa oral para tentar convencer maioria dos vereadores a votar contra a cassação.

10h14 - Sessão segue com apoiadores do Paccola com os cartazes a favor do parlamentar processado.



10h11 - Chega o vereador Rodrigo Arruda. 

10h08 - Começa a leitura do parecer da Comisão de Ética, relatado por Kássio Coelho e aprovado com votos favoráveis de Adevair Cabral e Lilo Pinheiro.

10h05 - Chega o vereador Ricardo Saad. Agora são 17 parlamentares no plenário e cinco devem votar contra a cassação, segundo informações de bastidores.

10h03 - A tendência é que Paccola não tenha o mandato cassado. Dos presentes, quatro devem votar contra a cassação, segundo informações de bastidores, além do próprio alvo do processo disciplinar.

10h00 - Agora chega o vereador Mário Nadaf, totalizando 16 vereadores no plenário. São necessário 13 vostos para que ele seja cassado.

9h58 - Os apoiadores de Paccola batem palmas e gritam o nome do vereador. O presidente da Câmara, Juca do Guaraná, precisa pedir silêncio para que a sessão continue normalmente.

9h56 - Assista a sessão:



9h55 - O 1º secretário em exercício, Renato Mota, lê a defesa administrativa de Paccola após ter lido o requerimento de cassação.

9h53 - Estão presentes 15 vereadores até agora:

Adevair Cabral

Kássio Coelho

Sargento Joelson

Sargento Vidal

Wilson Kero Kero

Chico 2000

Marcos Paccola

Paulo Peixe 

Dr. Licinho 

Renato Motta 

Edna Sampaio

Lilo Pinheiro

Demilson Nogueira

Michelly Alencar

Juca do Guaraná Filho



9h52 - Pouco antes do início da sessão extraordinária, Paccola subiu na galeria para conversar com os apoiadores dele.

9h48 - Está aberta a sessão.

9h47 - O outro suplente que está como vereador em exercício no lugar de Diego Guimarães, Felipe Correa, já avisou na semana passada que irá se abster da votação.

9h45 - São três os suplentes de vereadores que terão voto no processo de cassação de Paccola: Paulo Peixe, que está no lugar de Eduardo Magalhães; dr. Licinio, no lugar pastor Jefferson; e Renato Mota no lugar de Dilemário Alencar.

9h43 - O presidente da Câmara, Juca do Guaraná, e os vereadores sargento Vidal, sargento Joelson, Paulo Peixe e Renato Mota também chegaram.

9h37 -  Lilo Pinheiro e Adevair Cabral, dois dos 3 membros da Comissão de Ética da Câmara, que acataram o parecer de Kássio Coelho pela cassação de Paccola, também chegaram.

9h35 - Nos corredores da Câmara, o boato é de que vários vereadores irão faltar a sessão. Não querem se comprometer com o julgamento. Um dos temores é que Paccola "cresça" politicamente após uma cassação, como aconteceu com Abílio Brunini, atualmente eleito 2º deputado federal mais votado de Mato Grosso.

9h34 - Os vereadores Wilson Kero Kero, Demilson Nogueira, dr. Licinio, Marcus Brito, e Michelly Alencar também já estão presentes. 

9h30 - Adolfo Gabriel, um apoiador do vereador Paccola que está nas galerias da Câmara, explica qual o motivo de defender o parlamentar: Acredita no trabalho do vereador. “Vejo que a prioridade dessa Casa, hoje, não é a população cuiabana. Justamente o que está acontecendo é uma atitude política do presidente da Casa e da vereadora Edna Sampaio, pois apresentou esse requerimento visando impedir ele de concorrer às eleições a deputado estadual”, pontuou. 

Ele explica ter mobilizado alguns amigos para participar do ato em defesa de Paccola. Para Adolfo, a Câmara não pode cassar o vereador antes da Justiça o condenar. Adolfo também foi candidato a vereador em 2020, quando Paccola foi eleito, e agora em 2022 apoiou o parlamentar que foi candidato a deputado estadual.



9h25 - A vereadora Edna Sampaio, autora do pedido de cassação de Paccola, também já está na Câmara de Vereadores.

9h23 - Paccola se prepara para a defesa oral. Ele tentará convencer aos pares que atuou dentro da legalidade ao matar o agente do sistema socioeducativo Alexandre Miyagawa com 3 tiros nas e pelas costas.



9h19 - Em março de 2020, o então vereador Abílio Brunini foi cassado pelo pleno da Câmara de Cuiabá, também por quebra de decoro parlamentar. O motivo, no entanto, não foi um homícidio, como é agora a situação de Paccola, mas sim o comportamento: Abílio foi acusado de cometer excessos contra servidores públicos durante a fiscalização da saúde pública em Cuiabá, e também de levantar falsas acusações contra outros vereadores ao dizer, em um live, que foi ameaçado de morte por outros parlamentares.

9h12 - Paccola, inclusive, é o primeiro vereador a entrar no plenário, com vários papéis na mão.

9h10 - A vidraça da galeria está cheia de cartazes favoráveis ao vereador Marcos Paccola.



8h48 - Alguns familiares do Miyawaga também já se fazem presentes no local, vestidos de camiseta que dizeres que pedem Justiça pelo agente socioeducativo.

08h46 - A Políca Militar já está em peso no entorno do Parlamento Municipal. Viaturas e agentes fazem a segurança do local a fim de evitar conflitos, tendo em vista que Paccola convocou seus aliados para acompanhar a votação que ocorre a partir das 9 horas.
Clique aqui, entre na comunidade de WhatsApp do Leiagora e receba notícias em tempo real.

Siga-nos no Twitter e acompanhe as notícias em primeira mão.


 

0 comentários

AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do site. É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. O site poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.

 
Sitevip Internet