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10/10/2022 às 17:36

Daltro e Serys: Muita verba e pouco voto nos piores investimentos partidários

Saiba quem são os candidatos à Câmara Federal com pior desempenho por verba partidária recebida

Jardel P. Arruda

Daltro e Serys: Muita verba e pouco voto nos piores investimentos partidários

Foto: Montagem Leiagora/Mayke Toscano

Atenção: Esta matéria leva em consideração apenas a receita oriunda de recursos partidários aos candidatos e descarta verbas privadas, pois tem o objetivo de destacar o custo benefício desses candidatos para as siglas

É natural que toda chapa de candidatos tenha alguns nomes com menos densidade eleitoral se comparada aos principais quadros dos partidos. Conduto, é sempre esperado um retorno em votos compatível com o investimento de fundo eleitoral na campanha e, nesse caso, podem ser listadas performances abaixo da expectativa.

Chico Daltro (PV) e Serys Slhessarenko (PSB) são os principais destaques negativos na pior relação em recurso partidário por voto recebido, considerando o histórico eleitoral de ambos. Serys é ex-senadora por Mato Grosso, enquanto Daltro é ex-vice-governador, portanto possuem experiência em campanha e articulação política, mas mesmo assim não conseguiram reverter verbas milionárias em votos.

O candidato do PV recebeu R$ 799.978 em recursos oriundos de fundos partidários e recebeu 3.342 votos. Isso significa uma relação de R$ 239 gastos por voto. Já a ex-senadora teve um desempenho ainda pior: Serys recebeu R$ 1.000.000 do PSB e conquistou 3.120 votos, em uma relação de R$ 320 gastos por voto. 

A nível de comparação, coronel Assis (União), deputado federal eleito com a menor votação, recebeu R$1.080.000 de fundos partidários do União Brasil e conquistou 47.479 votos, o que significa uma relação de R$ 22.75 por voto. Ou seja, uma eficácia mais de 10 vezes maior na conversão de recurso partidário em voto.

Outros ‘maus’ investimentos

Apesar de Serys e Daltro terem destaque por conta da expectativa de uma votação aliada ao histórico político de ambos, outros candidatos tiveram desempenho parecido e até pior. É o caso, por exemplo, de Regina Sabioni (MDB), a qual recebeu R$ 500.000 de fundo partidário e conquistou 1.104 votos, o que representa um gasto de R$ 452 por voto conquistado.

A candidata Sirlei Teis (Republicanos) recebeu R$ 800.000 do partido e converteu 2.592 votos, o que significa uma relação de R$ 308 por voto. Já Luciana Santos (PSDB) foi beneficiada com R$ 710.000 da sigla, conseguiu 3.311 votos, em uma proporção de R$ 277 por voto.

Outra má conversão de investimento partidário em votos foi Marchiane (União), que recebeu R$ 2.500.000 e conquistou 10.086 votos, em uma conversão de R$ 247 por voto. 

Menções “honrosas” para Marafon (Cidadania), que gastou R$ 1.500.000 de fundo partidário e teve 9.999 votos, em uma proporção de R$ 150 por voto e Camila Silva (PSD), que foi financiada com R$ 500 do partido e conquistou 3.464 votos, na proporção de R$ 144 por voto.
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1 comentário

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  • Marcelo 12/10/2022 às 00:00

    Esqueceram de citar o Deputado Ulisses, que não usou fundo partidário e teve mais de 50 mil votos. Só não foi eleito porque sua coligação não teve coincidente eleitoral.

 
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